Com o avanço da transmissão da variante Ômicron em paralelo a uma epidemia de Influenza, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos se faz cada vez mais necessária. “Sabemos que com a vacinação contra a Covid vamos conseguir reduzir a circulação do vírus e os adoecimentos. Já a vacina da gripe está liberada a partir de seis meses de idade”, explica a infectopediatra da Unimed Vitória Euzanete Coser.
A presença de uma cepa como a Ômicron, que tem maior transmissibilidade, faz com que grupos não vacinados, como as crianças, fiquem mais suscetíveis à infecção da Covid. Embora crianças e jovens geralmente apresentem sintomas leves ou nenhum sintoma, eles também podem desenvolver doença grave. O fato vem sendo verificado em outros países com presença da variante.
Segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo menos 1,9 milhões de crianças de 5 a 11 anos foram infectadas com o SARS-CoV-2 e mais de 8.300 delas foram hospitalizadas com um terço necessitando de cuidados intensivos. Quase 100 crianças de 5 a 11 anos morreram, fazendo da COVID-19 uma das principais causas de morte nessa faixa etária.
A especialista alerta sobre a importância de as crianças serem vacinadas também contra a Influenza. “Muitas crianças não foram vacinadas em 2021. Além disso, há os casos das crianças que completaram seis meses de vida, mas que a família ainda não vacinou. É muito importante ter essa proteção”.
Nos últimos dias, casos de coinfecção por Covid-19 e Influenza, combinação que ficou conhecida como “Flurona” (palavra que mistura os termos “flu” – gripe, em inglês – e “corona”), foram relatados no Brasil. O Espírito Santo ainda não teve casos da coinfecção que tenham sido relatados pelos órgãos de saúde, mas a comunidade médica está em alerta. O risco é grande para as crianças não vacinadas contra a Covid e a Influenza, já que sem os imunizantes elas ficam mais suscetíveis a ambos os vírus.
Fonte Unimed Vitória