Linhares (HGL) de negligência após a morte do menino. Ele foi atendido no local no último dia 4, uma sexta-feira, após apresentar febre, vômito e coração acelerado. Segundo a mãe,Vanuza dos Santos Clarindo, o médico que atendeu seu filho alegou que ele apresentava apenas uma virose.No entanto, na madrugada o quadro do bebê piorou e ele morreu no dia seguinte.
Vanuza contou que foi atendida na noite do dia 4 no HGL. Além de Kauan, ela levou o irmão gêmeo do menino para ser consultado, pois ele também estava passando mal. De acordo com a mãe dos bebês, Kauan apresentava um quadro pior que o do irmão. O médico atendeu os dois meninos e afirmou que eles tinham virose, que era normal pegar a doença nesta época do ano e que no máximo eles estavam com uma gripe.
“Eu questionei o médico e falei que o Kauan estava passando muito mal, vomitava muito, não conseguia ficar acordado. Também perguntei se ele não faria nenhum exame no meu filho, mas ele respondeu que não era necessário, por ser apenas uma virose. Ele receitou alguns remédios e nos liberou”, disse Vanuza.
Porém, de madrugada, ela afirma que o menino gemia de dor, teve diarreia, febre e os remédios não faziam efeito. Pela manhã, várias pintas roxas começaram a aparecer pelo corpo de Kauan. Desesperada, a mãe foi às pressas para outro hospital com o filho.
“Ele estava todo ‘molinho’ e roxo, as pintinhas roxas foram se tornando manchas. No outro hospital, ele foi levado à emergência e os médicos perguntaram o que tinha acontecido com ele. Decidiram transferi-lo para o Hospital Infantil de Vitória, por causa da gravidade. Porém, assim que conseguiram a autorização para a transferência, meu filho morreu. Eu entrei em desespero, fiquei em choque”, lamentou.
O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para ser periciado. Na certidão de óbito, consta que Kauan morreu de “choque séptico, pneumonia lobar e infecção de vias aéreas superiores”. Ele foi enterrado no último domingo, dia 6.
Vanuza acredita que se o menino tivesse sido diagnosticado corretamente e internado no primeiro atendimento, realizado no HGL, ele estaria vivo. “Kauan era muito alegre e carinhoso. Ele e o irmão se davam muito bem. Se fosse atendido da forma certa, ele estaria vivo”, falou a mãe, aos prantos.
Na tarde desta quinta-feira (10), ela registrou um boletim de ocorrência na 16ª Delegacia Regional de Linhares.
A Prefeitura de Linhares foi procurada para se pronunciar a respeito do caso. Veja nota emitida pela assessoria de imprensa da prefeitura:
Nota
A Direção Clínica do Hospital Geral de Linhares tomou conhecimento do óbito do paciente na manhã desta sexta-feira e apura todos os procedimentos clínicos adotados para se manifestar oficialmente.
Fonte – gazetaonline