Começa ao meio-dia desta quinta-feira (24/10), no fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, a fase de instrução do processo que pode levar, Marcos Vinicius Coutinho de Carvalho, de 20 anos, conhecido como “Caíque”, ao tribunal de jure. Ele é acusado de sequestro, assassinato e ocultação dos corpos de três adolescentes de Sooretama. O caso, que chocou, o Estado e o país, envolveu a morte de Kauã Loureiro, Carlos Henrique Trajanos, ambos de 15 anos, e Wellington Gomes, de 14, que foram sequestrados, mortos e enterrados em covas rasas em agosto de 2023
Marcos Vinicius Coutinho de Carvalho, conhecido como “Caíque”, foi preso em setembro de 2023. Além de Marcos, um adolescente de 16 anos, foi apreendido em outubro do mesmo ano. Ambos são acusados de envolvimento no crime. O terceiro suspeito, Adailton de Oliveira Santos, de 32 anos, conhecido como “Piranha”, foi morto em Nova Venécia em setembro de 2023, antes de ser levado à prisão.
Também hoje(24), no mesmo fórum, será realizada a Audiência para a Apuração de Ato Infracional, que tem a finalidade de esclarecer a suposta participação do menor nos homicídios dos três adolescentes. Conforme determina o Estatuto da Criança Adolescente (ECA), menores envolvidos em atos infracionais são julgados separadamente. Essa audiência será na 2ª Vara de Infância de Juventude.
O CASO
O desaparecimento dos três adolescentes ocorreu no dia 18 de agosto de 2023, após um tiroteio no bairro Areal, em Sooretama. Os jovens, que não tinham antecedentes criminais, saíram de bicicleta para verificar o ocorrido, mas nunca mais retornaram
As buscas pelos adolescentes mobilizaram familiares, amigos e as Forças de Segurança do Espírito Santo. Durante as investigações, drones e cães farejadores foram utilizados pela Polícia Civil. Apesar dos esforços, os corpos só foram encontrados no dia 1º de setembro, enterrados em uma plantação de eucalipto, em uma região conhecida como “Matinha”.
Motivação
De acordo com o secretário de Segurança Pública, da época, Alexandre Ramalho, o crime foi motivado por disputa entre grupos de tráfico na região, apesar de as vítimas não terem envolvimento com atividades criminosas.
O caso é um retrato da escalada de violência que atinge áreas dominadas pelo tráfico de drogas, afetando até aqueles que não estão diretamente envolvidos no crime.
O julgamento promete trazer à tona mais detalhes sobre o crime que chocou o Espírito Santo e o país, com familiares e moradores esperando por justiça.
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