Presente nas contas de energia elétrica desde janeiro de 2015, o sistema de bandeiras tarifárias ainda causa dúvidas nos consumidores. Para esclarecer, a EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, reuniu as informações e dá dicas um consumo de maneira consciente, que podem fazer toda a diferença na economia de energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que a bandeira tarifária para janeiro de 2021 será amarela, que significa para o consumidor um custo na conta de energia de R$ 1,34 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Segundo o órgão regulador do sistema elétrica, a previsão hidrológica para o mês sinaliza elevação no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas, com isso a possibilidade de aplicação da bandeira amarela.
Criado pela ANEEL, a bandeira tarifária é a mesma em vigor em todo o País. O sistema funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração e indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições hidrológicas. Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2.
O que é?
O sistema de Bandeiras Tarifárias foi instituído pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para mostrar ao consumidor a variação do custo da energia produzida no País.
Desde quando está em vigor?
Desde janeiro de 2015. A partir dessa mudança, as contas de luz trazem os custos da geração de energia elétrica descriminados, representados pelas bandeiras verde, amarela, vermelha patamar 1 e vermelha patamar 2.
Qual objetivo de implantar o sistema de bandeiras tarifárias?
Refletir o real custo da energia produzida no País, deixando a conta de luz mais transparente e de fácil entendimento, permitindo que os consumidores busquem evitar o desperdício de água e energia.
Quais as cores e os valores das bandeiras?
As bandeiras nas contas de energia podem vir em três cores:
Verde – condições normais de geração de energia. A fatura não sofrerá acréscimo.
Amarela – condições de geração hídrica menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,34 para cada 100 kWh consumidos
Vermelha patamar 1 – condições hídricas desfavoráveis, cenário em que as térmicas (têm custo de produção de energia mais cara) operam por mais tempo. Nesse caso, a tarifa é acrescida de R$ 4,16 a cada 100 kWh consumidos
Vermelha patamar 2 – condições hídricas desfavoráveis, indica que foi necessário acionar as usinas térmicas (têm custo de produção de energia mais cara) por mais tempo. Nesse caso, a tarifa é acrescida de R$ 6,24 a cada 100 kWh consumidos
Se o consumidor consumir menos energia em sua casa, a bandeira em sua conta de luz mudará de cor?
Não, já que a cor da bandeira é definida mensalmente e é aplicada a todos os consumidores, mesmo que ele, individualmente, tenha reduzido seu consumo. Essa redução no consumo, no entanto, pode contribuir para diminuir o valor da tarifa ou, pelo menos, impedir que ela aumente.
Como o consumidor saberá a bandeira do mês seguinte?
A cor da bandeira será divulgada mensalmente pela Aneel, a partir de informações prestadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). O período de aplicação da bandeira será o mês subsequente ao da data de divulgação.
Quando e como as bandeiras mudam de cor?
As cores das bandeiras podem mudar mensalmente de acordo com as condições de operação do sistema de geração de energia, avaliadas pelo ONS. Por exemplo, se o nível dos reservatórios das hidrelétricas aumentar, o órgão pode optar por desligar parte das usinas térmicas em operação, que produzem energia mais cara. Nesse cenário, a bandeira pode ser verde e o consumidor não pagará nada a mais em sua conta.
Qual o benefício para o consumidor?
O consumidor tem descriminado o real custo de geração de energia e poderá controlar melhor seu consumo e incentivar outras pessoas a fazer o mesmo. Por isso, mesmo que a cor da bandeira continue vermelha, é importante consumir conscientemente a energia. Ainda que a cor da bandeira não mude, a redução no consumo pode contribuir para diminuir o valor da tarifa ou, pelo menos, impedir que ela aumente.
Para auxiliar o consumidor, a EDP reuniu ações simples que podem fazer toda a diferença na economia de energia, tais como:
– O uso diário de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado é necessário, mas em dias com temperaturas amenas prefira ligar o ventilador. O aparelho de ar condicionado consome mais energia. Se for usá-lo, coloque-o na temperatura 23 graus ou maior e programe para que ele desligue logo antes da hora de acordar;
– Ventiladores e janelas abertas são a forma mais em conta para arejar um ambiente. Quando utilizados na velocidade média consomem menos que um ar-condicionado. Mas cuidado, um número excessivo de aparelhos ligados pode elevar consideravelmente sua conta;
– Com o calor, hábitos do inverno devem ser deixados de lado. O chuveiro deve estar na posição “verão” ou, preferencialmente, desligado.
– Desligue da tomada os equipamentos que usa esporadicamente. Sempre que deixar um ambiente, desligue a luz e faça uso da luz natural, abrindo bem janelas e cortinas;
– A geladeira corresponde em média a 30% do consumo total de uma casa. Antes de abrir a geladeira pense no que precisa, ou seja, diminua o tempo que a porta ficará aberta.
– A geladeira deve ficar longe de locais quentes, como próximo de locais que pegam sol ou do fogão. Não seque roupas atrás da geladeira e não guarde alimentos muito quentes. Faça sempre o degelo;
– Com relação ao televisor é importante não deixar o aparelho ligado sem ninguém assistindo, assim como outros eletroeletrônicos que devem ser retirados da tomada; Outras dicas que evitam o desperdício são:
-Desligar o monitor do computador e programar a proteção de tela quando o equipamento não estiver sendo usado;
– Substituir lâmpadas fluorescentes compactas por lâmpadas de LED, que são muito mais eficientes, ou seja, são econômicas e duram mais;
– Juntar o máximo de roupas e lavar de uma única vez, otimizando o uso da máquina de lavar; o mesmo vale para passar roupas. Quanto menos aparelhos ligados à tomada menos consumo de energia.