A sessão do Júri de julgamento do ex-pastor Georgeval Alves iniciou por volta das 9h40 no fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras, em Linhares.
Georgeval é acusado de espancar, estuprar, queimar e matar o seu filho Joaquim e o enteado Kauã, na madrugada do dia 21 de abril de 2018, na residência onde a família morava no Centro de Linhares.
O Juiz Tiago Fávaro Câmatta após iniciar a sessão, chamou o réu e em seguida foi realizado o sorteio do Júri, onde foram feitas algumas dispensas, tanto por parte da defesa, quanto por parte da acusação. O Conselho de Sentença foi escolhido e ficou formado por seis mulheres e um homem.
Vale informar, que os advogados que abandonaram a última sessão retornaram ao caso e atuam na defesa do ex-pastor. O Dr. Deo Moraes, que havia sido nomeado como advogado dativo, foi liberado, mas continua no Fórum e caso haja um novo abandono por parte da defesa, ele assumirá a defesa do réu.
Todos presentes, recomendações feitas pelo juiz ao júri e vai agora ter início à oitiva de testemunhas.
ATUALIZAÇÃO 2
A testemunha ainda disse, que após o resultado das perícias, não restou dúvidas de que o fato se trata de um crime.
De acordo com o delegado, ao contrário de Georgeval, a ex-esposa dele sempre demonstrou muito sentimento e tristeza, mas que ela não acreditava ter sido ele o autor do crime, conforme aponta o inquérito.
Durante as investigações, os aparelhos celulares do acusado e de sua ex-esposa foram apreendidos e segundo a testemunha, quando os eletrônicos foram recolhidos, a preocupação dele foi em pedir cuidado com o telefone, pois havia custado muito caro.
“Tive todo cuidado do mundo. A Polícia nunca quis encontrar culpados, sempre buscamos a verdade.”
“Gostaria que o resultado do inquérito fosse acidente, mas infelizmente não tenho dúvidas de que foi um crime. Ele matou as crianças.”, disse o delegado.
Foi dado 40 minutos de intervalo para almoço e retornou às 14 horas já ouvindo a segunda testemunha do dia.
Continuamos a acompanhar o julgamento e retornaremos com mais informações.
ATUALIZAÇÃO 1
A primeira testemunha a ser ouvida é o delegado da Polícia Civil, Romeu Pio, que presidiu o inquérito policial. Durante sua fala a testemunha deixou claro que não tem dúvida de se tratar de um crime.
Ele disse que começou a levantar suspeitas pelo motivo e que ele evitou intimar o ex-pastor, logo após os primeiros dias do ocorrido, respeitando o luto do pai e do padrasto, no caso Georgeval, mas logo no primeiro dia útil da semana, quando o delegado foi ao local do incêndio, para acompanhar a primeira perícia, foi surpreendido com a chegada do, na época pastor, à casa, onde havia ocorrido as mortes. Segundo o delegado, a presença do ex-pastor levantou suspeita sobre ele.
Ainda segundo o delegado, após Georgeval chegar a casa, ele pediu para que se retirasse logo e após um certo período, o convidou para prestar depoimento na Delegacia, o que foi atendido por ele.
O Dr. Romeu ainda acrescentou outro fato que lhe chamou a atenção. Pois o réu, durante o depoimento, se mostrou frio e chegou a lanchar durante o procedimento.
Continuamos a acompanhar o julgamento e retornaremos com mais informações.