De acordo com o delegado chefe, da 16ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Linhares, Fabrício Lucindo, policiais Civis de Linhares, finalizaram nesta quarta-feira (16/08), uma investigação que já dura 5 meses, sobre falsificação de documentos, procurações para o exercício da advocacia com assinaturas falsas de presos recolhidos no sistema carcerário.
A investigação iniciou-se com a informação da Secretaria de Justiça (Sejus), sobre a desconfiança de que procurações apresentadas por um certo advogado de Linhares, de 35 anos de idade, estavam com assinaturas falsificadas. Com essa informação inicial e com as cópias das procurações apresentadas pelo advogado no presídio, a Polícia Civil de Linhares começou a apurar o caso.
Primeiro foram ouvidos oito presos, que constavam dos documentos (procurações), apresentados pelo advogado no presídio e todos foram unânimes em afirmar que não assinaram os documentos e que não reconheciam as assinaturas dos documentos.
O segundo passo foi encaminhar os documentos para perícia grafotécnica da Polícia Civil, onde após análise detida dos documentos e laudos, ficou constatado que não foram os presos que assinaram as procurações e que, em dois casos, a assinatura foi escaneada de outro documento e reproduzida na procuração. De posse dessas informações a Política ouviu o advogado e este informou que as procurações eram verdadeiras, apesar dos laudos informarem o contrário e apesar das pessoas que estão descritas nos documentos terem afirmado categoricamente na Polícia Civil, que não assinaram nenhum documento para o advogado e que não reconheciam as assinaturas nos documentos.
Segundo a Polícia, agora o advogado irá responder por falsificação de documentos e o inquérito policial será encaminhado para a Justiça, caso seja condenado, ele poderá pegar uma pena de 1 a 5 anos de prisão. A OAB também será comunicada da finalização da investigação.
