A Justiça de Linhares marcou para a próxima quarta-feira (13), às 9h, o julgamento dos réus ainda vivos pelo assassinato do sargento da Polícia Militar e vereador suplente Valdir Ferreira Campos, ocorrido em 2008, em Sooretama. O crime, que completa 17 anos, chocou a cidade e é considerado um dos mais emblemáticos do Espírito Santo.
Valdir havia assumido uma vaga na Câmara Municipal pelo PSDB e estava em campanha eleitoral quando foi baleado com sete tiros durante um comício no interior do município, no dia 27 de setembro de 2008.
Segundo a Polícia Civil, o sargento foi atingido por volta das 20h50, quando subia ao palanque do então prefeito e candidato à reeleição, diante de centenas de pessoas. Testemunhas relataram que um homem saiu de uma plantação de café e atirou contra Valdir, fugindo em seguida com outro comparsa.
Socorrido pelo filho, Edson Isidoro Ferreira Campos — que mais tarde também se tornou vereador —, Valdir foi internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois. O médico que o atendeu informou que ele foi atingido na nuca, no tórax, nas nádegas e no abdômen.
Na época, o delegado responsável pelo caso apontou duas possíveis motivações: vingança pela atuação de Valdir como policial militar ou crime de natureza política e eleitoral. Edson Isidoro, no entanto, sempre afirmou que a execução foi motivada por interesses políticos. “Meu pai morreu por contrariar interesses políticos e econômicos em Sooretama. Não interessava que ele ficasse quatro anos na Câmara. Se a polícia não concluiu isso, foi por forças ocultas. O inquérito só avançou quando foi avocado pela DHPP de Vitória”, declarou.
Os réus Jonathan Marculino dos Santos e Jhonnie da Silva Lima, presos, serão julgados pelo Tribunal do Júri de Linhares no próximo dia 14.
Foto – Reprodução
Fonte - Tribuna Norte Leste.
O NN abre o espaço para perguntas, dúvidas e defesa (advogados), de pessoas que tiverem seus nomes citados em matérias, e queira se manifestar, através dos canais: