Após uma análise sobre o valor de arrecadação das bilheterias dos cinemas brasileiros, sobre o valor cheio dos ingressos entre 2017 e 2019, a ANCINE (Agência Nacional do Cinema), aprovou uma consulta pública sobre a obrigatoriedade da meia-entrada. Após a abertura da consulta pública, o Ministério da Economia chefiado pelo ministro Paulo Guedes se posicionou favorável à extinção do benefício.
De acordo com a análise, 80% das vendas do ano de 2019 corresponderam a meias-entradas, sendo que 59,75% eram ingressos legais, 17,27% promocionais e 2,34% cortesias. A ANCINE tem como argumentação, que por ser custeado através de subsídio cruzado (ou seja, o valor dos ingressos inteiros financiam as meias), o benefício acarreta no aumento do valor cheio do ingresso. Sendo assim, o objetivo principal da meia-entrada, que seria permitir o acesso para o consumo da população de menor renda, não seria alcançado.
Segundo o parecer do Ministério da Economia, a meia-entrada apenas disfarça os preços fazendo que os mesmos tenham que ser aumentados e quem “paga a conta”, é o consumidor final. “Como consequência, os grupos que dela fazem uso (da meia-entrada) são iludidos, pois, praticamente não usufruem de benefício algum”, diz um trecho do texto.
A consulta pública estava aberta até 13 de julho, mas foi prorrogada até quarta-feira da próxima semana (13). Para a Ancine, a ação está sendo feita para discutir com a comunidade, alternativas e apresentar propostas voltadas a correção e melhorias de eventuais falhas nessa política pública.
Qual quer pessoa pode participar da consulta pública por meio do site do órgão. Basta se cadastrar e responder algumas perguntas sobre a manutenção existirão ou a possibilidade de se alterar o funcionamento da meia-entrada.
O caso deve ganhar mais informações após o dia 13 de Agosto, quando sai o resultado da consulta pública. https://www.ancine.gov.br/consultas-disponiveis