Indígenas da aldeia temática Tekoá Mirim, da etnia Guarani, apostam em comunhão com a natureza para aproximar a população capixaba de sua cultura em visitas guiadas pela região.
A intenção é futuramente propiciar uma experiência totalmente imersiva aos visitantes e também, oferecer refeições de primeira em um restaurante totalmente indígena que será instalado na região.
“A gente está tendo apoio de algumas empresas da localidade, estão ajudando a gente a construir quatro chalés, hospedagem. A partir do ano que vem estará funcionando, a gente quer mostrar a vivência Guarani. As pessoas vão poder vir, dormir na aldeia. E queremos abrir um pequeno restaurante Guarani”, contou o guia da aldeia Walter Santos, cujo nome guarani é Kara’i Djekupe.
E opções gastronômicas direto da terra é o que não falta da aldeia, como o próprio guia disse. Por lá, há plantações de coco anão, mexerica, limão, laranja, vários pés de aipim e o carro-chefe: o palmito.
Enquanto os empreendimentos ainda não são inaugurados, a aldeia é aberta a visitação do público, que pode entrar em contato com toda a cultura indígena.
Foi em uma destas visitas, que crianças de escolas municipais puderam ter contato em primeira mão com a riqueza da flora capixaba, em especial, poder dar um grande abraço em um centenário jequitibá amarelo.
Quem curtiu o passeio foram as gêmeas Maria Júlia e Ana Alice, de seis anos. A mãe das meninas, a auxiliar de serviços gerais, Erioneide Conceição dos Santos, descreveu a experiência como um privilégio.
“Elas estão gostando, porque tem muitas crianças que não conhecem e agora tiveram esse privilégio de conhecer”, disse.
E não foram só os capixabas que se encantaram com as belezas da aldeia, o patrimônio natural também encheu os olhos da turista de São Paulo, Bianca Belatu.
“Muito interessante, as histórias que eles contam são muito mais profundas do que histórias que a gente vê na internet, é uma experiência bem interessante”.
E não é para menos, o jacarandá, ponto alto do passeio, é uma raridade no Estado e também no Brasil, como explica o vice-cacique Rodrigo da Silva, de nome guarani Karaí Mirim.
“Aqui no nosso Estado, no município é raro encontrar espécies centenárias dessa grossura, ainda mais um Jequitibá amarelo. Tem um significado muito forte, em guarani ela significa tempos bons”. afirmou