Uma bola quase que dividida entre os vereadores de Linhares. O projeto do prefeito Bruno Marianelli, que pede autorização ao poder legislativo para a realização de mais um empréstimo, desta vez no valor será em dólar, cerca 56 US$ milhões de dólares, o que dá aproximadamente R$ 300 milhões de reais, continuará tramitando na Câmara de Vereadores de Linhares. Na sessão ordinária realizada na noite desta segunda-feira (05/06), dez vereadores votaram contra o parecer da Procuradoria da casa e também do parecer técnico da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde ambos apontam que o projeto apresentado pelo prefeito é inconstitucional, enquanto sete vereadores acompanharam o parecer da CCJ e da Procuradoria e votaram pelo arquivamento do projeto.
Esse projeto chama a atenção da sociedade Linharense, até mesmo porque, essa dívida será paga pelo povo, e como era de se esperar, o plenário da Câmara estava lotado. De um lado um público formado pela população, do outro um público formado por secretários da prefeitura, diretores, servidores efetivos e pessoas que ocupam cargos de confiança do prefeito. Todos estavam muito atentos como cada vereador iria votar.
O público se revezava entre aplausos quanto um vereador a favor ou contra ao projeto se pronunciava.
A primeira a se manifestar foi a vereadora Therezinha Vergna (REDE), que tentou justificar seu posicionamento a favor do empréstimo, dizendo apenas que o projeto era importante para a cidade, sem adentrar no mérito que estava sendo votado, neste caso, os pareceres técnicos da procuradoria e da CCJ.
O segundo, também da linha de frente da base do prefeito, foi o vereador Tobias Cometti (MDB), que também se manifestou a favor do empréstimo, e em sua fala tentou justificar seu posicionamento dizendo que o empréstimo é para “atender a quem mais precisa”. Tobias não foi eleito, ele ficou na segunda suplência e assumiu recentemente uma cadeira na casa, após uma grande manobra, que ficou conhecida como “a primeira dança das cadeiras promovida pelo executivo”, colocando o vereador eleito, Fabrício Lopes, como secretário de esportes, após isso passando a vaga titular para o primeiro suplente, Amantino Pereira Paiva, e em seguida remanejando Amantino para Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Linhares (IPASLI) e somente assim liberando a cadeira para Tobias.
O Vereador Tarciso Silva (PSB), votou contra o prosseguimento do projeto, ou seja, contra o empréstimo. O parlamentar foi enfático em dizer que o projeto é duvidoso e não tem transparência alguma. Ele ainda acrescentou que o projeto não traz informações importantes como: prazo de carência, período para o município realizar o pagamento e valor dos juros “Não vou votar no escuro, por isso meu voto é contrário ao empréstimo” – disse o vereador.
Também fizeram o uso da palavra para debater a votação os vereadores: Roninho Passos (DC), Alisson Reis (DC), professor Antonio Cezar (PV) e Juninho Buguiu (PV). Esses parlamentares falaram contra o prosseguimento do projeto. Os vereadores Pâmela Maia (PSBD) e Messias Caliman (REDE), defenderam o empréstimo.
O placar da votação ficou 10 a 7, sendo 10 votos para o prosseguimento do projeto e 7 pelo arquivamento.
Mesmo com os pareceres contrários da Procuradoria da Câmara e da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), votaram a favor do empréstimo os seguintes vereadores:
Dr. Carlos Almeida (PDT);
Edimar Vitorazi (Republicano);
Eguimar, o Guigui (PSC);
Gilson Gate (MDB);
Juarez Donatelli (PV);
Messias Caliman (REDE);
Pâmela Maia (PSDB);
Therezinha Vergna (REDE);
Tobias Cometti (MDB);
Urbano Davíla (PTB).
Votaram contra o empréstimo os seguintes vereadores
Alysson Reis (DC);
Johnatan Maravilha (Podemos);
Juninho Buguiu (PV);
Professor Antônio Cesar (PV);
Roninho Passos (DC);
Tarcísio Silva (PSB);
Wellington Vicentini (REDE).
O projeto volta para última e decisiva votação no dia 19 de junho, onde cada vereador poderá mudar ou não o seu voto.
Fotos dos vereadores – Site – CML