Mais de 4 mil litros de azeite adulterado foram apreendidos durante uma operação da polícia nesta segunda-feira (24) em estabelecimentos localizados em Linhares, Vitória e Viana. Um laudo do Ministério da Agricultura apontou 70% de óleo de soja e 30% de azeite no conteúdo das embalagens da marca Villa Glória, vendidas em galões de 5 litros.
A operação teve como objetivo combater o comércio clandestino de azeites. Os produtos que indicam no rótulo um conteúdo de azeite extravirgem, na verdade, estavam adulterados. Ao todo, mais de 4 mil litros foram apreendidos nas distribuidoras. Os produtos eram vendidos, principalmente, para restaurantes e pizzarias e outros comércios.
O azeite é de um fabricante paulista que em novembro do ano passado já havia sido alvo de operação da Polícia Civil, quando foram apreendidos mais de 8 mil litros do mesmo produto. O azeite da época foi vendido com a marca Anna e, após investigação, trocou de rótulo, passando a ser vendido com a marca Villa Glória, pelo mesmo fabricante.
“A empresa, que já tinha sido alvo de investigação no ano passado, voltou a colocar uma nova marca aqui no Estado no início deste ano e nós identificamos alguns pontos. Eles pegaram o mesmo produto que foi feito no final do ano passado, trocaram a rotulagem e voltaram com isso para o comércio”, destacou o delegado Eduardo Passamani.
O azeite extravirgem, conforme indicado no rótulo, é feito somente de azeitona prensada, enquanto o óleo inclui outros produtos químicos que podem gerar riscos à saúde. “A preocupação do Ministério da Agricultura é com a saúde da população. Porque você realizar um negócio fraudulento da forma que está, pode causar um problema sem precedentes”, alertou Guilherme Gomes, superintendente do Ministério da Agricultura do Estado.
A empresa fabricante ainda não foi interditada, mas pode ser prejudicada como organização criminosa pelo risco oferecido à saúde pública.
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