O Espírito Santo vem colhendo resultados positivos com a implementação das teleconsultas no SUS, que já beneficiaram mais de 20 mil capixabas no primeiro semestre de 2025. A iniciativa, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), garante o atendimento em 19 especialidades médicas por meio de videochamadas, com acompanhamento presencial de equipes de enfermagem.
O serviço, iniciado em janeiro e expandido gradualmente, já está presente em todos os 78 municípios capixabas, permitindo que cidadãos de regiões mais distantes tenham acesso a especialistas sem precisar sair de suas cidades.
Menos deslocamento, mais dignidade
Um dos depoimentos que simboliza a mudança é o de Elisa Boecker da Rocha, avó da pequena Ana Lívia, de 13 anos, moradoras de Afonso Cláudio:
“Foi uma experiência muito boa, só de economizar e não precisar me deslocar para Cachoeiro ou Vitória. Antes saíamos de madrugada e voltávamos à noite. Agora é pertinho e rápido. Minha neta até comemorou!”
A consulta foi feita em neuropediatria com uma médica localizada em outro estado, demonstrando como a tecnologia tem encurtado distâncias e garantido acesso humanizado e eficiente à saúde especializada.
Especialidades oferecidas
As teleconsultas envolvem especialidades como neurologia, endocrinologia, psiquiatria, cardiologia, ortopedia, dermatologia, otorrinolaringologia, geriatria, entre outras, tanto para adultos quanto para o público pediátrico, de acordo com as demandas regionais. A região Norte, por exemplo, já oferece 16 especialidades, e os números podem crescer conforme a necessidade de cada localidade.
O investimento da Sesa no projeto é de R$ 16,6 milhões, com previsão de realizar 250 mil consultas especializadas até o fim do ano.
Para o secretário de Saúde, Tyago Hoffmann, a iniciativa representa mais do que inovação:
“São mais de 20 mil pessoas que foram atendidas perto de suas casas, com conforto, segurança e dignidade. A tecnologia tem nos ajudado a regionalizar o acesso e ampliar o cuidado.”
A descentralização também é parte fundamental da estratégia, fortalecendo a política de regionalização da saúde e reduzindo o tempo de espera por consultas de alta complexidade, especialmente em áreas com maior dificuldade de contratação de especialistas.

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