A manhã de ontem (02/12), foi bastante movimentada em frente à Penitenciária Regional de Linhares (PRL), no bairro Jardim Laguna. Às 7 horas, cerca de 585 detentos do semi-aberto, de bom comportamento, e que já cumpriram uma fração da pena, começaram a ser liberados e deverão retornar à PRL no dia 09 de dezembro. Até à tarde de hoje (03), outros 60 deverão deixar a prisão, totalizando 645 apenados beneficiados pela lei.
A informação é do diretor da Penitenciária, Vinícius Narcizo, que afirmou que a evasão de presos (que não retornam ao sistema carcerário) é baixa: cerca de 2%, ou em média, 13 detentos, levando em consideração os índices dos anos anteriores.
O diretor adiantou ainda que a soltura de presos na chamada “Saidinha de Natal” – assim como em outras datas do calendário anual – cumpre uma determinação da Lei de Execução Penal, seguindo ordens da Justiça (2ª Vara Criminal da Comarca de Linhares).
Narcizo comentou ainda que, devido aos protocolos sanitários, para evitar a transmissão do novo Coronavírus e respeitando as normas de biossegurança impostas pela pandemia, os apenados que retornarem ao sistema carcerário na próxima quinta-feira (09) terão que passar pelo “túnel de ozônio”, antes de entrarem no pavilhão que abriga as celas na PRL.
“Seguimos todo esse ritual, além da troca das roupas físicas pelo uniforme da Penitenciária. Isso causa demora na entrada dos detentos e certo transtorno nas imediações do bairro Jardim Laguna, como a lentidão do trânsito e até filas de carros, desde a Linha Verde, no bairro Lagoa do Meio”, anunciou o diretor.
Apoio da PM e da GCM
Conforme Vinícius Narcizo, para facilitar o retorno e a entrada dos detentos na PRL, foi programado o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal (GCM) para orientar o trânsito e melhorar o fluxo de veículos na região.
Outra orientação do diretor da PRL é para tranquilizar os moradores dos bairros que ficam nas imediações da Penitenciária Regional de Linhares. “Esse retorno dos apenados causa sempre uma preocupação aos moradores. Muitos acham que é rebelião ou fuga, mas trata-se, apenas, do cumprimento das determinações judiciais e das autoridades sanitárias para seguir todos os protocolos para a entrada na PRL dos beneficiados, e isso causa certo tumulto, mas dentro da normalidade”, tranquilizou o diretor.
Redação – Correio do Estado