A Fundação Renova informa que foi concluída a retirada do barramento em Linhares, que vai permitir a retomada do curso normal do rio Pequeno, que liga a lagoa Juparanã ao rio Doce.
As intervenções começaram no dia 3 de dezembro e foram concluídas no último dia 16.
Por medida de precaução, a Fundação Renova orientou que as cinco famílias que estavam na avenida Beira-Rio deixassem suas casas na sexta-feira (13) por algumas horas até que o risco estivesse mitigado. Assim, elas puderam retornar em segurança para suas residências.
Como medida complementar de proteção, foi realizado um tratamento de ensacarias (com solo e cimento) próximo à primeira casa da avenida Beira-Rio.
Atualmente, com a retirada do barramento, o nível do rio Pequeno está em 6,93 metros e a vazão, em 40 metros cúbicos por segundo. O fluxo de água é considerado normal devido ao represamento de água no local, que está acima do nível do rio Doce. Essa situação é temporária e deve atingir um equilíbrio até o fim de janeiro de 2020.
Sobre o descomissionamento
O descomissionamento do barramento do rio Pequeno, em Linhares, foi realizado em cumprimento à decisão judicial proferida pela 12ª Vara Federal de Belo Horizonte (MG), que determinou a remoção da estrutura em duas etapas, após análises realizadas por empresas especializadas apontarem riscos estruturais.
A remoção do barramento aconteceu após a conclusão da primeira etapa de instalação da base da ensecadeira na parte jusante (abaixo) da estrutura, com a aprovação da Aecom, empresa que atua como perito judicial.
A ensecadeira é uma estrutura provisória que impede o contato das águas do rio Doce com a lagoa Juparanã. Caso o nível do rio Doce aumente, a ensecadeira será alteada (elevada).
A atuação da Fundação Renova para garantir a segurança das obras e das famílias em seu entorno é realizada por profissionais das áreas de Infraestrutura, Engenharia, Diálogo, Saúde, Proteção Social, Meio Ambiente, Segurança e Contingência.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão.
A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.