O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) avaliou que o primeiro dia de julgamento do réu Georgeval Alves Gonçalves, acusado de estuprar, torturar e matar o filho e o enteado, transcorreu de forma tranquila.
Pela manhã, foi composto o conselho de sentença, formado por sete jurados. Em seguida, o juiz que preside o caso, Tiago Camata Fávaro, repassou um documento para a leitura dos jurados com uma síntese do caso, trazendo as principais decisões já adotadas.
Na sequência, foi chamada a primeira testemunha de acusação, o delegado Romel Pio de Abreu Jr, responsável por presidir o inquérito policial da morte de Kauã e de Joaquim. Ele respondeu às questões produzidas pelo Ministério Público, assistência de acusação e, posteriormente, às da defesa do réu.
Após o intervalo para o almoço, foi chamado para testemunhar o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo Benício Ferrari Júnior.
Oitivas de 13 testemunhas dispensadas.
A estratégia foi articulada pelos advogados contratados pela Família de Kauã, em conjunto com o Ministério Público.
Segundo Síderson Vitorino que atua em conjunto com os advogados Lharyssa Almeida, Érica Freitas e Cleber Borges, compondo a bancada dos assistentes de acusação, a estratégia visa deixar o todo o foco nas provas técnicas já expostas pelo delegado Romeu Pio de Abreu Júnior e do Tenente Coronel Benício Ferrari Júnior.
As duas únicas testemunhas trazidas ao plenário pelos acusadores foram suficientes, segundo Vitorino, para formar consenso em torno da culpa de Georgeval. Com especial destaque à fala do Cel do Corpo de Bombeiros, que relatou detalhes importantes do incêndio. Dos quais se destaca a afirmação de que o incêndio foi provocado por ação humana com o emprego de agente acelerante derivado de hidrocarbonetos (gasolina, querosene ou óleo diesel).
Georgeval não responde perguntas dos assistentes de acusação
01:45 de hoje (19/04), foi a hora do término do primeiro dia do Júri que decide o destino de Georgeval Alves, que teve início nesta terça-feira (18/04), por volta das 09h:45.
Neste primeiro dia de julgamento, foram ouvidas duas testemunhas de acusação, duas testemunhas da defesa, e ainda, o depoimento do acusado que durou aproximadamente uma hora e meia.
Embora tenha se limitado a responder somente as perguntas feitas pela defesa. Os advogados de acusação na bancada presidida pelo advogado Síderson Vitorino e seus sócios Drs. Lharyssa Almeida, Érica Freitas e Cleber Borges, invocaram o §1º. do Artigo 474 do CPP que garante ao assistente de acusação formular perguntas diretamente ao réu.
E assim foi feito, mas Georgeval não respondeu a nenhuma das perguntas feitas pelos advogados de acusação. Limitando-se somente a responder o que foi perguntado por seus advogados.
O juiz que preside o feito, Tiago Camata encerrou o primeiro dia dos trabalhos e o julgamento será retomado nesta quarta-feira (19/04) às 10 horas.
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