Na última semana, o presidente da Câmara Municipal de Linhares, Wellington Vicentini (DC), foi alvo de graves acusações, incluindo agressão física a uma assessora parlamentar e prática de “rachid”. De acordo com documentos e relatos obtidos, os eventos teriam ocorrido no próprio gabinete presidencial da Câmara.
Segundo o relato prestado pela ex-assessora à Polícia Civil de Linhares, ela era obrigada a repassar parte de seu salário, proveniente de comissões parlamentares, ao presidente Vicentini. Inicialmente, o valor repassado mensalmente era de cerca de R$ 1.270, reduzindo-se posteriormente ao valor das comissões recebidas, aproximadamente R$ 750 brutos. Os pagamentos eram feitos diretamente em mãos ou via transferências eletrônicas (PIX) para a esposa e o filho do presidente.
Além das acusações de corrupção, Vicentini também é acusado de agredir fisicamente Fátima Felicissia Maria em 3 de julho de 2024, conforme registrado no Boletim de Ocorrência BU N.º 55022674. Após prestar seu depoimento, Fátima foi exonerada do cargo de assessora parlamentar, juntamente com outros funcionários que supostamente iriam testemunhar contra o presidente da câmara.
A situação ganhou notoriedade após denúncias formais e a divulgação de documentos que comprovam os saques mensais do chamado “rachid”, bem como conversas por PIX com a esposa de Vicentini, onde a rachadinha era referida como “encomenda”. A vítima afirma possuir provas substanciais dessas transações, incluindo extratos bancários e registros de comunicações entre a esposa e o filho de Vicentini.
Em resposta às acusações, solicita-se o afastamento temporário de Wellington Vicentini da presidência da câmara para garantir a integridade das investigações, considerando sua influência política e o controle sobre as gravações e filmagens da câmara municipal. A denúncia também aponta para o não cumprimento do Regimento Interno da câmara durante o processo de investigação.
Diante dos fatos apresentados, o caso segue em apuração pelas autoridades competentes, enquanto se espera a convocação de testemunhas e a coleta de mais provas para esclarecer os acontecimentos relatados.
Nossa reportagem demandou diretamente ao presidente da Câmara e também a assessoria de comunicação da casa. Através do aplicativo WhatsApp o presidente passou o contato do seu advogado, nós também demandamos ao advogado, mas até o momento desta publicação a defesa de Welington e a assessora de comunicação da Câmara não responderam nossa demanda. O Norte Notícia mantém espaço aberto caso algum dos envolvidos no caso queira se manifestar.