O delegado André Luiz Costa, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares (DCCV), disse na manhã desta quinta-feira (19) que as duas mulheres que teriam sido vítimas de tentativas de homicídio e de estupro durante o Forró do Pontal 2018 (veja matéria – https://nortenoticia.com.br/mulheres-sao-estupradas-e-uma-leva-tiro-nas-coxas/), foram na verdade torturadas por uma casa de prostituição de Linhares após terem sido acusadas de roubo no estabelecimento. As duas mulheres eram exploradas sexualmente na boate e após negarem a prática de roubo sofreram disparos de arma de fogo. Elas conseguiram fugir e pedir socorro a populares que as conduziram para um hospital de Linhares. Veja
De acordo com o delegado, foram os populares que identificaram o veículo utilizado no crime e que contribuiu com o avanço das investigações que apontam o envolvimento dos proprietários do estabelecimento além do segurança e do gerente da boate, respectivamente, no crime. “Elas eram exploradas sexualmente em uma casa de prostituição de Linhares conhecida como Luluzinha Night Club. As duas foram torturadas pelos proprietários e funcionários do estabelecimento que as acusavam de ter subtraído valores do local”, explicou André Costa. Ele reforçou que como as vítimas negaram a todo tempo participação na subtração dos valores eles resolveram matá-las.
Segundo ainda o titular da DCCV, foi diante da negativa de qualquer envolvimento na subtração dos valores que os quatro suspeitos cometeram os crimes.”Mediante grave ameaça com emprego de arma de fogo eles conduziram as vítimas à força até a localidade de Pontal do Ouro e lá elas foram novamente torturadas para confessar o roubo”, pontuou o delegado. Os quatro envolvidos serão indiciados por dupla tentativa de homicídio qualificado, tortura, manter casa de prostituição e rufianismo – uma modalidade de lenocínio que objetiva o lucro através de prostituição alheia. Todos já foram conduzidos a unidades prisionais do Estado.