Após uma intensa campanha para encontrar um doador 100% compatível de medula óssea, a médica capixaba Ana Carolina Cavalieri Milanez, de 26 anos, que foi diagnosticada com anemia aplástica, uma doença rara, está perto de realizar o transplante de medula.
Na última sexta-feira ela recebeu um e-mail, de um hospital em São Paulo, onde será feito o transplante, falando do possível doador. Ana está em tratamento desde fevereiro quando descobriu a doença.
De acordo com as informações do hospital, a médica e o possível doador devem realizar testes de sangue e saliva para confirmarem a compatibilidade. Os resultados saem em aproximadamente seis semanas. Se confirmada a compatibilidade, é preciso que o doador aceite a doação.
“Quando recebi o e-mail, me senti muito aliviada e privilegiada por ter encontrado tão rápido um possível doador. Eu estou muito feliz, apesar de nada ainda ser garantido. Vou para São Paulo em novembro e se tudo der certo saberei em dezembro se farei o transplante. Mas ainda assim quero que a campanha continue, pois pode ajudar outras pessoas”, afirmou Ana.
Doença é rara e causa ainda não é conhecida
A anemia aplástica ou aplasia medular, doença apresentada pela médica Ana Carolina Cavalieri Milanez, de 26 anos, é considerada pelos médicos como rara.
Especialistas afirmam que, na maioria dos casos, a doença não apresenta causa conhecida, mas há quadros em que é provocada por remédios, infecção ou doenças autoimunes.
“A anemia aplástica é uma doença na qual a medula óssea, que é a fábrica do sangue, diminui a sua produção, fabricando menos células do sangue. Com isso, a pessoa tem uma redução de plaquetas, glóbulos brancos e vermelhos”, explicou o hematologista André Marinato.
De acordo com os médicos, a doença afeta pessoas de todas as idades, mas é mais comum entre os jovens. Os sintomas mais comuns são cansaço excessivo, palidez, falta de ar, hematomas e perda de peso sem motivo aparente.
O hematologista Aminadab Francisco destacou que existem três tipos de tratamentos. “Pode ser feita a transfusão de sangue, com o objetivo de aumentar temporariamente os números de células sanguíneas, mas isso não cura. As outras alternativas seriam: o uso de remédios, permitindo que as células da medula óssea se desenvolvam, e o transplante de um doador 100% compatível”.
Fonte – Tribuna Online
Foto – Dayana Souza/AT