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Líder de movimento que pedia salário mínimo para vereadores de Linhares recebe 6 mil de salário na Câmara

Deu o que falar. O Diretor-Geral da Câmara de Vereadores de Linhares, Arilson Prando Santiago, que aparece ao fundo da foto junto com Francis Jonas Fornaciari, ambos ex-membros da MIL (Movimento de Inteligência Linharense), carregam outro fato em comum além da militância no movimento pela “moralização da política de Linhares”, ambos foram nomeados na atual legislatura, para ocuparem cargos de chefia pelo atual Presidente da Câmara, vereador Roque Chile (PSDB).

Arilson Prando, que chegou a exercer a Presidência do movimento que lutava pela moralização da política Linharense, recebe de acordo com o Portal de Transparência da Câmara Municipal, como cargo comissionado, o salário de R$ 6.831,00 (seis mil, oitocentos e trinta e um reais).

 

Gratificação de R$ 1.500,00

 

Como se não fosse o bastante, o seu chefe imediato, o presidente da Casa de Leis vereador Roque Chile (PSDB), usando de suas atribuições absolutas e exclusivas para distribuir gratificações a quaisquer servidores que ele julga merecer, ainda complementou o salário do diretor com mais R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) de gratificação ou o conhecido “jeton” como é definido em seu termo técnico. Ao somarmos os dois valores, chegamos ao montante de R$ 8.331,00 (oito mil, oitocentos e trinta e um reais).

 

Movimento defendia que vereadores recebessem um salário mínimo

 

O que chama a atenção neste caso, é que o ex-presidente e um dos principais líderes do movimento MIL (Movimento de Inteligência Linharense), que fizeram várias manifestações na cidade de Linhares, entre os anos de 2018 e 2020, cobrando redução do salário, número de vereadores e assessores, inclusive com Projeto de Lei, protocolado na Câmara, como demonstra a imagem abaixo, hoje é beneficiado com um dos maiores salários do Legislativo de Linhares, valor bem acima do que recebe os  16 vereadores, com exceção do Presidente da Casa.

Repercussão

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O caso se tornou público, em denúncia feita pelo vereador Roninho Passos (DC), do Plenário da Câmara, na Sessão do último dia (16), quando era discutido o projeto apresentado pelo Presidente Roque Chile, para extinguir dois cargos de telefonistas, que segundo ele, “serviria para enxugar os custos da Câmara”, como ele havia prometido defender como uma de suas bandeiras de campanha.

Em determinado momento, o clima esquentou entre a defesa do vereador Roninho em favor dos servidores e do Presidente pela aprovação do projeto que extinguiria os cargos, e Roninho disse:

“Se for para diminuir os gastos, talvez seja o caso de rever algumas Diretorias da Casa, que talvez não estejam trabalhando, como eu posso citar o líder do Movimento que protocolou nesta Casa, um projeto para o vereador ganhar um salário mínimo e hoje está aqui trabalhando como servidor, ganhando mais de 6 mil reais. Por que ele não fica com um salário mínimo e devolve o resto para as instituições, não era isso que ele queria?”, questionou Roninho.

 

Pedido de exoneração

 

Outro que também fazia parte do MIL (Movimento de Inteligência Linharense), e também exercia cargo de chefia, indicado pelo Presidente da Câmara Roque Chile (PSDB), Francis Jonas Fornaciari, que aparece na foto de óculos que estampa a capa desta matéria, pediu exoneração dois dias após a críticas feitas pelo vereador Roninho durante a Sessão, contra a postura do Presidente da Casa Roque Chile, em querer aprovar a exoneração de dois servidores concursados que recebem um pouco mais de um salário mínimo, enquanto indica servidores comissionados para ganhar altos salários.

 

Com informações do site Radar Capixaba

 

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