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Febre maculosa: sete cidades do Espírito Santo tiveram casos esse ano

Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Desde o início deste ano, o Espírito Santo já registrou nove casos de febre maculosa. A doença voltou a preocupar as autoridades de saúde após três mortes, causadas pela doença, serem confirmadas em São Paulo. Em terras capixabas, sete cidades já registraram casos da mesma doença, mas sem mortes.

Em 2023, segundo informações da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), todos os casos registrados até agora foram curados e não houve morte. 

Cenário diferente do registrado em 2022, quando 25 casos foram confirmados, sendo 14 curas e 11 mortes.

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Ainda segundo a secretaria, o período de maior ocorrência de casos em 2022 aconteceu no segundo semestre do ano, entre os meses de agosto e outubro, devido ao aparecimento da fase de ninfa do carrapato. 

 

Cidades capixabas que registraram casos em 2023:


Vale ressaltar que, desde 2022, o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) realiza exames de PCR para a febre maculosa, garantindo maior agilidade no diagnóstico dos casos suspeitos em solo capixaba.

Com o intuito de disseminar mais informações e conhecimento a respeito da doença, a Secretaria de Saúde, com apoio das superintendências de Saúde e dos municípios capixabas, tem emitido nota técnica com orientações para conduta clínica dos casos e alerta aos profissionais da Saúde para suspeita da doença. 

Além disso, a Sesa também promove capacitações aos profissionais médicos, enfermeiros e agentes de saúde, realiza visitas aos locais para acompanhamento in loco e promove um trabalho de educação de saúde orientado pela própria secretaria e promovido pelos municípios. 

A Sesa também acrescentou que há novas capacitações programadas a fim de atualizar os processos e alcançar novos profissionais.

 

O que é a febre maculosa?

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia, capaz de provocar febre aguda com gravidade variável.

A doença também pode se apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com alto grau de letalidade.

No Brasil, duas espécies de bactérias estão associadas à febre maculosa:

A bactéria Rickettsia rickettsii provoca a chamada febre maculosa brasileira (FMB), que o Ministério da Saúde considera como uma doença grave. Ela já foi detectada no Norte do Paraná e em estados da região Sudeste.

Já a Rickettsia parkeri é encontrada em regiões de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará) e é responsável pelos casos com menos gravidade.

Ambas as doenças são transmitidas por carrapatos do gênero Amblyomma, mais especificamente o carrapato-estrela.

 

Além da febre, como o próprio nome indica, os sintomas incluem:

Os pacientes também podem apresentar manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, porém, podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou às solas dos pés.

Em casos mais graves, pode ocorrer gangrena nos dedos e nas orelhas e paralisia dos membros, quadro que se inicia nas pernas e sobe até os pulmões, causando parada respiratória.

 

Fonte: Folha Vitória
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