Cerca de mil blocos de concreto são produzidos por dia na Penitenciária Regional de Linhares (PRL), onde uma fábrica foi montada com o objetivo de oferecer oportunidade de trabalho e qualificação profissional para os internos. A iniciativa é desenvolvida há quatro anos e conta com a parceria de instituições ligadas à construção civil.
Atualmente, 15 detentos trabalham no projeto. Por meio de um acordo de cooperação técnica, a Secretaria da Justiça (Sejus) firmou parceria com o Conselho Interativo de Segurança de Linhares (Consel), que torna possível a comercialização dos blocos produzidos para empresas da construção civil. A venda é realizada com preços mais acessíveis que o mercado local e os recursos obtidos com a comercialização são revertidos para o próprio projeto. Parte dos materiais produzidos também são destinados à doação.
Com essa rede autossustentável a Fábrica de Blocos da Penitenciária Regional de Linhares (PRL) já produziu cerca de 50 mil blocos desde a implantação do projeto. Os materiais também são utilizados em reformas e na manutenção do sistema prisional do Estado.
A PRODUÇÃO
Os blocos de concreto são produzidos em três etapas. Na primeira é realizada a mistura de cimento, com agregado e água. Cada tipo de bloco de concreto requer uma proporção diferente de cada um dos itens. Essa combinação é então homogeneizada em um misturador. Após a compactação adequada feita em uma prensa, o bloco é moldado. Em seguida, ele é enviado para o processo de cura. Em um ambiente com temperatura controlada, os blocos ficam até atingirem a resistência ideal e são armazenados até que uma amostra do lote seja testada para aprovar a qualidade. Eles devem ser armazenados em locais adequados, separados por tipo, dimensão e resistência, para facilidade no manuseio e para preservar a qualidade e durabilidade do produto.