O Espírito Santo entrou em estado de atenção hídrica devido aos níveis baixos dos rios provocados pela falta de chuva. A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou nesta terça-feira (16/07), orientações no Diário Oficial para promover o uso racional da água. As medidas são direcionadas a cidadãos, prefeituras, agências reguladoras de serviços de água e esgoto e indústrias, visando evitar desperdícios e penalizar quem não seguir as recomendações.
A situação é mais crítica no Norte do estado, especialmente em Aracruz, que decretou situação de emergência devido à seca que já dura seis meses. Agricultores locais têm enfrentado prejuízos significativos na produção de café, leite e derivados, com pastagens secas e gado com pouca água para beber. As queimadas também têm agravado a situação.
O diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, destacou que as mudanças climáticas estão intensificando os períodos de seca e chuva, afetando a vazão dos rios. Segundo o Incaper, 40 municípios capixabas estão em situação de ‘Seca Fraca’, e as previsões meteorológicas indicam que o cenário não deve melhorar nos próximos meses.
A vazão dos rios no Norte do Espírito Santo está muito abaixo do esperado para julho, especialmente em Aracruz, onde o rio Piraquê-Açu é o principal responsável pelo abastecimento. Na região da Grande Vitória, a situação é mais controlada, com o rio Jucu e o Santa Maria apresentando vazões dentro da média esperada.
As recomendações publicadas pela Agerh incluem:
- Tomar banhos mais rápidos e evitar lavar calçadas com mangueiras.
- Indústrias devem procurar reuso de água.
- Companhias de saneamento devem intensificar o controle de perdas e vazamentos.
Companhias públicas e privadas de serviços de água e esgoto devem implementar medidas imediatas para adaptar-se ao novo cenário, incentivar a redução do consumo diário de água e instalar dispositivos economizadores de água. Agências reguladoras devem adotar medidas legais para incentivar a redução do consumo per capita e das perdas. Prefeituras devem adaptar seus códigos de postura para proibir e penalizar atividades que promovam desperdício de água, como lavagem de calçadas e veículos com mangueiras.
Para mais detalhes sobre as recomendações do decreto, acesse a página do Diário Oficial do estado.