O ex-presidente da Associação dos Deficientes de Linhares – ADEFIL e ativista do movimento de pessoas com deficiência física, José Geraldo Giovani , teceu fortes críticas contra as pessoas que atuam em algumas empresas do município de Linhares por discriminação na hora de contratar as pessoas com deficiência em cumprimento a Lei 8.213, conhecida como lei de cotas.
O diretor disse que funcionários de algumas empresas que ocupam o cargo no setor de Recurso Humano (RH), tem descartado o trabalhador portador de necessidades especiais, os próprios trabalhadores deficientes são quem relata o triste fato na ADEFIL. Ainda de acordo com o diretor, os responsáveis pelas entrevistas descaram o trabalhador alegando que o mesmo não irá conseguir exercer a atividade a ele atribuída. Zé Geraldo relata as dificuldades encontradas pela entidade devido à falta de respeito e o pior, preconceito com essas pessoas que querem apenas o que é de direto delas, trabalhar como qualquer pessoa faz.
José Geraldo Giovani disse que apesar das dificuldades, no ano de 2019, a ADEFIL conseguiu inserir no mercado de trabalho 25 trabalhadores com deficiências. Com um tom de desabafo o ativista enviou para nossa redação um oficio relatando o que ocorre em algumas empresas na hora de contratar trabalhador com deficiência. Vejam alguns pontos citado por José Geraldo:
“Todos nós sabemos que as empresas não contratam por responsabilidade social, e sim por uma obrigação, mas as pessoas com deficiência já provaram que podem produzir como um trabalhador dito normal é só a empresa se adequar, mas eles não fazem isso.
Outro discurso retrógado de alguns empresários e dos intelectos que cuidam das contratações, é de que o deficiente não está capacitado. Há vinte e cinco anos atrás ouvíamos esse discurso e vinte cinco anos depois continuamos ouvindo a mesma estorinha. Isso é o que, inclusão ou discriminação?
O interessante é que temos pessoas com deficiência que foram descartados por empresas de Linhares sobre o mesmo discurso, você não consegue exercer as nossas atividades, mas migraram para outro município e estão trabalhando em empresas multinacionais e produzindo como trabalhadores normais”. Desabafa o ativista.
José Geraldo ainda informou que continuando essa situação ele não vê outra alternativa a não ser comunicar esse fato ao Ministério Publico do Trabalho.