Em depoimento a CPI dos Maus Tratos a Crianças e Adolescentes, o Pastor George Alves afirmou ao senador Magno Malta, presidente da comissão, que foi abusado sexualmente quando criança. Ele não detalhou quem foi o abusador e se emocionou em alguns momentos.
A declaração foi dada durante a audiência pública da comissão, que é realizada no auditório do Ministério Público do Espírito Santo.
Questionado se esse trauma do passado o levou a cometer este crime, George Alves voltou a se defender: “Eu não matei os meus filhos. Eu não fiz nada disso. Jamais abusaria de qualquer pessoa e jamais abusei dos meus filhos”, afirmou.
Em diversos momentos, o pastor negou a autoria do crime, chegando a demonstrar exaltação. Na maior parte do depoimento, ouve atentamente as palavras do senador Magno Malta sem esboçar reações.
O depoimento durou cerca de uma hora.
Segundo o senador, o pastor pode voltar a ser convocado. Magno Malta chegou a falar ao suspeito sobre a quebra do sigilo de dados dele dos últimos cinco anos.
“Se eu quebrar o seu sigilo de email e de dados dos últimos cinco anos, eu não vou encontrar nada?”, questionou Malta. “Não”, respondeu George.
Pastor negou o crime
O pastor George Alves chegou ao auditório do Ministério Público do Estado por volta das 13h50, acompanhado de dois advogados que compõem sua defesa. Antes de começar a ser questionado, o pastor foi informado de seus direitos constitucionais de se recusar a responder qualquer pergunta.
No início do depoimento, o senador Magno Malta, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), começou a fazer perguntas a Pastor George Alves sobre a conversão, início da vida em São Paulo e mudança dele para Linhares. “Foi Deus que me mandou vir para cá”, disse George.
Em depoimento, George confirmou que usou drogas antes da conversão e falou histórias sobre a vida.
Em outro momento, Magno Malta exibiu dois vídeos, um falando sobre as crianças, mortas no incêndio, e outro da pregação que George Alves fez na Igreja Batista Paz e Vida, do qual era líder. A pregação foi feita um dia após o incêndio que matou as crianças.
Fonte – tribunaonline