A Avenida Beira Rio em Linhares, por questões de segurança, esta interditada desde ontem (19) pela Defesa Civil Municipal devido à instabilidade do barramento no Rio Pequeno. O acesso será permitido somente a moradores autorizados e acompanhados por representantes da Fundação Renova. O tráfego de veículos está proibido.
Segundo a Renova, 28 famílias que residem na avenida já foram removidas e estão em hotéis da cidade. Outras três permanecem no local e uma família está na casa de parentes.
A realocação dos moradores para residências provisórias é uma medida de precaução em função dos resultados de estudos realizados por uma consultoria técnica especializada, que apontaram riscos estruturais no barramento construído para proteger a lagoa Juparanã da passagem do rejeito pelo rio Doce, em 2015.
Em nota, a Fundação Renova informou que as famílias estão sendo atendidas com transporte, alimentação, hospedagem e demais demandas e necessidades, e também disponibilizou desde a tarde de segunda-feira (18) o apoio de um profissional para o atendimento psicossocial.
Prazos e obras
O jornal Correio do Estado solicitou à fundação informações sobre possíveis obras a serem feitas na barragem, para amenizar os riscos constatados pela consultoria, mas até o fechamento desta edição não tivemos resposta. A fundação ainda não deu um prazo para o retorno das famílias às residências.
Na tarde de segunda-feira (18), os moradores da avenida participaram de uma reunião na Defensoria Pública para obter mais detalhes sobre este processo de remoção. De acordo com o representante dos moradores da região, Nilson Freire, a Renova ainda não apresentou um prazo para o retorno das famílias às casas, pois uma empresa, que assessora a força-tarefa do Ministério Público, dará um parecer sobre a obra necessária no barramento. “A comunidade quer um cronograma para acompanhar esta obra e desejamos participar das discussões”, afirma Freire.
O representante dos moradores classifica como desgastante este novo processo de remoção das famílias. “Dentro da comunidade também temos comércios, que utilizam seus espaços para receber clientes. Queremos uma decisão definitiva, até porque, tudo isso também vem provocando a desvalorização da vila, que é histórica”, afirma Nilson Freire.