Um projeto desenvolvido pela Secretaria da Justiça (Sejus) na Penitenciária Regional de Linhares (PRL) venceu o Prêmio Biguá de Sustentabilidade 2024, na categoria Poder Público. A cerimônia de premiação foi realizada na quinta-feira (24/10), em Linhares, com a entrega de troféu ao projeto vencedor “Ecomesa Sustentabilidade Concreta”.
A iniciativa é desenvolvida na unidade prisional há dois anos e meio e transforma marmitas de isopor, utilizadas para alimentação dos presos, em peças de jardim. O projeto une a ressocialização com a sustentabilidade. Internos custodiados no local são os responsáveis por esse trabalho. Para a produção das peças, são utilizados insumos como areia branca, pó de brita, cimento e o isopor triturado, que antes passa por um processo de higienização. Com a reutilização do material, são produzidas mesas, vasos de plantas, esculturas e passeios para jardins.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, participou da cerimônia de entrega do Prêmio Biguá. “Parabenizo a todos os servidores envolvidos no Projeto Ecomesa, que tem um valor extremamente significativo para a sustentabilidade e o meio ambiente. Esta é uma iniciativa que une dois temas importantes: ressocialização e sustentabilidade”, disse Rafael Pacheco.
“A Secretaria da Justiça tem por obrigação custodiar quem um dia rompeu com o pacto social e as leis, mas também é nosso dever promover uma fábrica do bem, com projetos inovadores, que estimulam a mudança de vida por meio do trabalho, da responsabilidade social e fazer com que as dificuldades virem oportunidades”, complementou o secretário.
O diretor da Penitenciária Regional de Linhares (PRL), Thiago Deluca Monthay, explica que a iniciativa foi criada diante de uma necessidade ambiental. “Antes do projeto, precisávamos descartar 1.600 marmitas de isopor por dia. Mesmo sabendo que o isopor é um material 100% reciclável, ele pode demorar centenas de anos para se decompor na natureza, o que pode trazer sérios prejuízos para o meio ambiente, principalmente para a fauna”, salientou.
Deluca também explica que a iniciativa visa a sensibilizar os reeducandos sobre a importância da preservação do meio ambiente, identificando as situações que causam danos à ecologia, como poluição, desmatamento, queimadas, extinção de animais, entre outros.
“Receber o Prêmio Biguá só nos motiva a desenvolver práticas cada vez mais sustentáveis no sistema prisional. Transformar o isopor em outro produto é a finalidade desse projeto, assim como diminuir o impacto do descarte errado no meio ambiente. Com a reutilização do material, aumentamos a vida útil desse produto e continuamos usufruindo dos seus benefícios. E não menos importante, economizamos com limpeza urbana, na construção de aterros sanitários e no tratamento de doenças, atingindo de forma positiva a sociedade e as futuras gerações”, complementou o diretor da Penitenciária Regional de Linhares.
Sobre o Prêmio Biguá de Sustentabilidade
O Prêmio Biguá de Sustentabilidade foi criado em 2012, com o objetivo de divulgar, valorizar e incentivar ações de recuperação e preservação dos recursos naturais. O prêmio é dividido nas seguintes categorias: produtores rurais, poder público, escolas de ensino fundamental e médio, ensino superior, empresas e sociedade civil.
Fonte e fotos – SEJUS/ES
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