A defesa do presidente da Câmara de Vereadores de Linhares, se manifestou a respeito das denúncias de agressões físicas a uma de suas assessoras e também da prática de Rachid.
O Norte Notícia demandou a defesa do parlamentar que se manifestou através de nota, que foi enviada para a redação de dentro do prazo do deadline, ainda na manhã da sexta-feira (12/07), mas por questões de visualização a nota não foi publicada naquela ocasião. O Norte Notícia lamenta o equívoco, de sua parte.
As denúncias foram protocoladas no Ministério Público e também na Câmara de Vereadores do Município, bem como enviadas para cada vereador do município. A expectativa agora é para saber se o presidente da Casa, Wellington Vicentini, irá colocar em pauta as denúncias para serem lidas, na próxima sessão, que acontece nesta segunda-feira (15/07),ou se até mesmo, algum de seus colegas parlamentares irão se manifestar a respeito das denúncias protocoladas.
Veja Nota na íntegra, enviada pela defesa do parlamentar:
NOTA
A Defesa informa que já está tomando as providências necessárias perante as Autoridades competentes quanto às infundadas denúncias, feitas contra o atual Presidente da Câmara de Vereadores de Linhares, o Sr. Wellington Vizentini.
Informamos, por oportuno, que estamos colaborando com as investigações, sobretudo, para que a verdade seja transparecida, a fim de comprovarmos a inocência do parlamentar municipal Wellington Vizentini.
Marcelo Miguel Regetz Monteiro, advogado.
Entenda o caso:
Na última semana, o presidente da Câmara Municipal de Linhares, Wellington Vicentini, foi alvo de graves acusações que incluem Agressão Física, a uma assessora parlamentar e agora pela prática de “rachid” De acordo com documentos e relatos obtidos, os eventos teriam ocorrido no próprio gabinete presidencial da câmara.
Segundo o relato prestado pela assessora do presidente da Câmara à Polícia Civil de Linhares, ela era obrigada a repassar parte de seu salário, proveniente de comissões parlamentares, ao presidente Vicentini. Inicialmente, o valor repassado mensalmente era cerca de R$ 1.270, reduzindo-se posteriormente ao valor das comissões recebidas, aproximadamente R$ 750 brutos. Os pagamentos eram feitos diretamente em mãos ou via transferências eletrônicas (PIX) para a esposa e o filho do presidente.
Além das acusações de corrupção, Vicentini também é acusado de agredir fisicamente Fátima Felicissia Maria em 3 de julho de 2024, conforme registrado no Boletim de Ocorrência BU N.º 55022674. Após prestar seu depoimento, Fátima foi exonerada do cargo de assessora parlamentar, juntamente com outros funcionários que supostamente testemunhariam contra o presidente da câmara.
A situação ganhou notoriedade após denúncias formais e a divulgação de documentos que comprovam os saques mensais do chamado “rachid”, bem como conversas por PIX com a esposa de Vicentini, onde o dinheiro era referido como “encomenda”. A vítima afirma possuir provas substanciais dessas transações, incluindo extratos bancários e registros de comunicações.
Em resposta às acusações, solicita-se o afastamento temporário de Wellington Vicentini da presidência da câmara para garantir a integridade das investigações, considerando sua influência política e controle sobre as gravações e filmagens da câmara municipal. A denúncia também aponta para o não cumprimento do Regimento Interno da câmara durante o processo de investigação.
Diante dos fatos apresentados, o caso segue em apuração pelas autoridades competentes, enquanto se espera a convocação de testemunhas e a coleta de mais provas para esclarecer os acontecimentos relatados.
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