A temporada de colheita do café conilon já está em andamento em alguns municípios do Espírito Santo, o maior produtor dessa variedade no país. No entanto, em meio à expectativa de uma produção cafeeira de mais de 11 milhões de sacas, produtores rurais enfrentam um desafio significativo: a dificuldade em encontrar mão de obra para a colheita, especialmente entre os meses de abril e agosto.
Entre os fatores que contribuem para essa escassez de trabalhadores está a perda de benefícios governamentais após o vínculo empregatício por carteira assinada. O valor da diária para os apanhadores de café varia entre R$350 e R$400, porém, mesmo com essa remuneração atrativa, o presidente do Sindicato Rural de Linhares, Antonio Bourguignon, relata uma crescente dificuldade em contratar profissionais para a colheita na cidade.
Uma das razões é a relutância de alguns trabalhadores em assinar a carteira de trabalho, pois isso poderia resultar na perda de benefícios governamentais que recebem. Essa situação é agravada em Linhares devido às indenizações recebidas após o desastre de Mariana, o que desestimula a oferta de mão de obra na comunidade.
Além disso, muitos trabalhadores são de outras cidades e precisam arcar com despesas adicionais, como moradia e alimentação, tornando a mudança temporária pouco atrativa financeiramente.
Com a escassez de mão de obra, os produtores se veem competindo uns com os outros para atrair trabalhadores, criando uma situação que Bourguignon compara a um leilão pela oferta de trabalho.
O período de colheita do café conilon geralmente se estende até o mês de agosto, mas a falta de apanhadores de café continua sendo um desafio crescente para os produtores de Linhares.
É só os produtores de café valorizar nós colhedores que eles não vão t prejuízo nas lavouras. Já estamos terminando um café na região de Linhares e queríamos trabalhar mas duas a três semanas