Foi confirmada na tarde desta terça-feira (23/04), a circulação da Febre do Oropouche no Espírito Santo. O trabalho de investigação foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-ES), 1.872 amostras foram analisadas por meio de RT-PCR desde o último dia 1º de abril. Ao todo, 8
casos foram identificados:
– 5 de amostras encaminhadas por Colatina;
– 1 de Vitória;
– 1 de Sooretama;
– 1 de Rio Bananal.
Ainda de acordo com a pasta, apesar de terem sido identificados oito casos, a positividade para a Febre Oropouche ainda é baixa (0,42%).
“É uma doença que não apresenta letalidade, até o momento, e tem sintomas muito parecidos com os da dengue – febre, dor no corpo e dores nas articulações. É essencial o diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos, bem como as ações de vigilância epidemiológica municipais para monitoramento da situação”, destacou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.
O QUE É A FEBRE DO OROPOUCHE?
A doença é causada por um arbovírus, ou seja, vírus transmitido por artrópodes. Trata-se de um inseto bem pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como “maruim” ou “mosquito pólvora”.
A coloração varia de cinza a castanho escuro e possui asas curtas e largas. Está geralmente associado a regiões com maior umidade e presença de matéria orgânica.
A doença apresenta grande potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas. Não há vacina e tratamento específico disponíveis.
COMO ACONTECE A TRANSMISSÃO?
Há dois ciclos de transmissão descritos: silvestre e urbano. Até o momento não há evidência de transmissão direta de pessoa a pessoa.
CONHEÇA OS SINTOMAS
– Febre de início súbito;
– Cefaleia (dor de cabeça);
– Mialgia (dor muscular);
– Artralgia (dor articular).
– Tontura;
– Dor retro-ocular;
– Calafrios;
– Fotofobia;
– Náuseas;
– Vômitos.
Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Não há relatos de óbitos associados à infecção pelo OROV.
As picadas do vetor costumam causar bastante incômodo e reações alérgicas. Não existe tratamento específico para a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.