Policiais Civis da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, apreenderam três adolescentes suspeitos de envolvimento na morte de um morador em situação de rua no município de Aracruz. Dois deles, de 14 e 15 anos, foram apreendidos na segunda-feira (23/10). Já o de 13 anos foi apreendido nesta quinta-feira (26/10).
O fato ocorreu no dia 13 de outubro no bairro Fátima, em Aracruz. A vítima, que tinha 47 anos, encontrava-se deitada nas proximidades do Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDPA) quando foi abordada pelos adolescentes e por uma criança, de 11 anos. Inicialmente, o objetivo do quarteto era implicar com a vítima, que sofria de transtornos mentais e vivia em situação de rua.
No entanto, durante a ação, um dos adolescentes visualizou que a vítima estava com um relógio de pulso e resolveu tomar para si o objeto.
“A vítima gostava de andar com vários relógios no braço e se negou a entregar qualquer deles para o adolescente. Em virtude disso, subtraíram a bicicleta da vítima e foram para a área dos fundos do CDPA, próximo a uma plantação de eucaliptos. A vítima tentou seguir os adolescentes para reaver sua bicicleta, momento em que passaram a agredi-lo com golpes de madeira na cabeça, até deixá-la desacordada”, explicou o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta.
Após a vítima ficar desnorteada com os golpes sofridos, os adolescentes subtraíram moedas, um relógio e a bicicleta, e fugiram do local. O homem foi socorrido com vida para um hospital da região e posteriormente encaminhado ao Hospital Jayme Santos Neves, que fica na Serra. Porém, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
“Vale ressaltar que apesar da condição da vítima, ela não fazia o uso de entorpecentes ou álcool, não praticou qualquer crime anterior, não possuía histórico prisional e era pessoa querida pela população de Aracruz, onde o ato infracional teve grande repercussão, notadamente em virtude da covardia e crueldade em face de uma pessoa completamente indefesa”, afirmou o delegado.
Os três adolescentes infratores foram apreendidos pela Polícia Civil após decretação de internação pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude de Aracruz. Ao serem ouvidos, eles confessaram suas ações. Em relação à criança envolvida na ação, a legislação impede a adoção de qualquer medida, de forma que não poderá sofrer qualquer responsabilização.