O aplicativo de mensagens Telegram entregou nesta sexta-feira (21) à Polícia Federal os dados sobre grupos neonazistas envolvidos em casos de violência em escolas. A entrega cumpriu determinação da Justiça que, na quinta-feira, exigiu os dados em 24 horas sob pena de suspensão do Telegram no país e multa de R$ 100 mil por dia.
Segundo a Polícia Federal, a plataforma foi intimada a entregar os dados depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz (ES), que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas, descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdos antissemitas na plataforma.
Com isso, a polícia pediu que a plataforma entregasse os dados dos integrantes e organizadores dos grupos.
A empresa cumpriu a determinação, mas reverter a suspensão do serviço depende da avaliação da polícia sobre se os dados atendem aos pedidos da investigação. A análise deve ser feita apenas na segunda-feira (24).
A reportagem do g1 acionou o Telegram, mas aguardava o retorno até a publicação.
Grupos extremistas
O Ministério da Justiça havia adiantado que investigações apontavam o envolvimento de grupos neonazistas em casos de violência em escolas. Em 6 de abril, o titular da pasta, Flávio Dino, determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo.
No dia 13 de abril, em uma coletiva de imprensa, Dino citou que investigações encontraram grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão.
Telegram entrega dados sobre grupos neonazistas à PF e evita suspensão do serviço no Brasil
PF vai avaliar se a empresa forneceu informações completas sobre os usuários. Prazo terminava nesta sexta e previa o bloqueio do aplicativo e multa de R$ 100 mil por dia.
O aplicativo de mensagens Telegram entregou nesta sexta-feira (21) à Polícia Federal os dados sobre grupos neonazistas envolvidos em casos de violência em escolas. A entrega cumpriu determinação da Justiça que, na quinta-feira, exigiu os dados em 24 horas sob pena de suspensão do Telegram no país e multa de R$ 100 mil por dia.
Segundo a Polícia Federal, a plataforma foi intimada a entregar os dados depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz (ES), que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas, descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdos antissemitas na plataforma.
Com isso, a polícia pediu que a plataforma entregasse os dados dos integrantes e organizadores dos grupos.
“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.
A empresa cumpriu a determinação, mas reverter a suspensão do serviço depende da avaliação da polícia sobre se os dados atendem aos pedidos da investigação. A análise deve ser feita apenas na segunda-feira (24/04).
A reportagem do g1 acionou o Telegram, mas aguardava o retorno até a publicação.
Grupos extremistas
O Ministério da Justiça havia adiantado que investigações apontavam o envolvimento de grupos neonazistas em casos de violência em escolas. Em 6 de abril, o titular da pasta, Flávio Dino, determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo.
No dia 13 de abril, em uma coletiva de imprensa, Dino citou que investigações encontraram grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão.
“Nós tivemos uma operação em que houve um agrupamento em que havia, inclusive, no domicílio bandeiras com suásticas. Eles estavam sediados em São Paulo e Goiás recrutando jovens no Maranhão. Recrutando jovens para a prática de violência em escolas. A denúncia veio desses jovens dizendo que estavam sendo assediados pela internet.”, disse Dino.
Polícia apreendeu materiais nazistas em Monte Mor (SP).
Um dos alvos foi um adolescente em Monte Mor, no interior de São Paulo. Após a denúncia dos adolescentes no Maranhão, a polícia conseguiu rastrear as mensagens e identificou o adolescente. Com ele, foram apreendidos diversos objetos nazistas, além de uma réplica de arma de fogo.
Ao longo da última semana, a polícia tem feito operações e tem como alvo adolescentes e adultos identificados a partir de rastreamentos nas redes sociais. No Piauí, um adoelscente rastreado a partir de grupos nazistas nas redes sociais pelo Ministério da Justiça foi encontrado com símbolos nazistas e uma faca. No Rio Grande do Sul, outro adolescente foi apreendido com símbolos nazistas depois de ser rastreado em grupos de discurso de ódio pelas redes sociais.
Fonte – g1.