Neste sábado (15/10), é lembrado o Dia do Combate a Sífilis e Sífilis Congênita. A Secretaria da Saúde alerta para a doença que é sexualmente transmissível, adquirida por meio da relação sexual sem proteção de preservativo com indivíduo infectado. A sífilis também é transmitida da mãe para a criança na hora do parto. Diante disso, os cuidados para a prevenção se fazem ainda mais importantes como forma de enfrentamento.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser classificada como adquirida, que ocorre quando a infecção é adquirida por meio de relações sexuais sem proteção de preservativos; e a congênita, que é diagnosticada no bebê infectado no ventre da mãe contaminada ou na hora do parto. O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis. Além disso, a testagem e acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.
“É importante as pessoas entenderem que mesmo sem sintomas podem estar com a sífilis e passar para suas parcerias sexuais, assim como a gestante infectada pode passar para seu bebê e resultar em abortamento ou até mesmo o bebê vir a óbito. Quando a gestante e o parceiro tratam de forma adequada, pode proteger o bebê de ter sífilis congênita. Por isso, a importância das relações sexuais com os preservativos e realização de testes de sífilis, e em caso positivo, a realização do tratamento da forma adequada para evitar as consequências da doença”, alertou a médica ginecologista e técnica da Coordenação Estadual de DST/Aids da Secretaria da Saúde, Bettina Moulin Coelho Lima.
A profissional atenta também a não manifestação dos sintomas, uma vez que “mesmo que a doença venha se apresentar na forma de ferida nos órgãos genitais, na maioria das vezes, os sintomas não se manifestam e se não houver o tratamento correto, torna-se uma infecção por tempo indeterminado”.
Dados
No Espírito Santo, de janeiro a 10 de outubro de 2022, foram notificados 3.906 casos de sífilis adquirida, 1.252 casos de sífilis em gestantes e 432 casos de crianças com sífilis congênita.
Já durante todo o ano de 2021, foram registrados um total de 4.516 casos de sífilis adquirida, 2.034 casos de gestantes com sífilis e 560 casos de crianças com sífilis congênita no Estado.
Diagnóstico e tratamento
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Esta é a principal forma de diagnóstico da sífilis. Em caso de resultado positivo, inicia-se tratamento com antibiótico na própria unidade.
Na fase de tratamento é importante que os pacientes homens e mulheres adotem procedimentos de uso dos preservativos nas relações sexuais, e que sua parceria também seja tratada e acompanhada, garantindo, assim, a eficácia do resultado. A sífilis tem cura desde que tratada da forma correta, com todas as doses de medicamentos e cuidados necessários.
Já as crianças que ao nascer são diagnosticadas com sífilis congênita recebem tratamento com antibióticos intravenosos ainda no hospital.