Merece uma boa investigação o caso relatado pela imprensa de Linhares, de um homem que estaria agredindo membros de sua família e, resumindo a história, foi morto por um tiro disparado por um Policial Militar que estava na ocorrência.
O que talvez tenha faltado nas abordagens jornalísticas de hoje são informações contraditórias ao resultado da ocorrência. Ela, a ocorrência da PM afirma que foi chamada para atender a uma ocorrência do Residencial Rio Doce, de um pai que estaria agredido tanto as filhas como a esposa. Chegou ao local pela primeira vez, só que o acusado, Eliel Borges Miranda, de 43 anos, fugiu. Pouco tempo depois, mais uma vez a polícia foi chamada e, desta vez, viu uma correria. Seria de filhos correndo atrás do pai agressor que fugiu do local, pulou muros, até se esconder no quintal de uma residência. Consta que a polícia chegou ao local e, seu Eliel, estava alterado com a ação.
Até se recusou a deixar colocar as algemas. Num dado momento, com a algema em um dos punhos, ele conseguiu empurrar um dos policiais. Seu coldre abriu e a arma caiu no chão. É aí que começa a ação que resultou na morte do acusado. Segundo os Policiais, ele teria se posicionado para pegar a arma do policial. Um colega PM, que atuava na mesma ocorrência, viu a cena e atirou nas constas de Eliel. Consta também que, mesmo caído, atingido por tiro, o acusado ofendeu policiais. Seria esta ação o famoso revide a uma injusta agressão? A polícia diz que sim. Mas as manifestações no local relataram contradição a essa versão.
O Contraditório
Um familiar relatou: “Eliel estava bêbado e desarmado”. Só aí, a versão policial de revide a uma injusta agressão precisa ser minunciosamente investigada. Outro questionamento feito por moradores no local: “Se o homem estava bêbado, por que o tiro não foi dado nas pernas, como uma advertência a atitude dele”? Que, repito, estava Bêbado?
Houve manifestação de moradores logo após o tiro. Um familiar disse que, quando ouviu o disparo da arma do policial, imaginou que teria sido tiro de bala de borracha, para intimidar o suposto agressor. Mas, quando foram ver o que estava acontecendo, viram seu Eliel com tiro nas costas, supondo que tenha sido dado pelas costas, contou um morador.
Outro manifestante disse: seria uma ação que mostrou despreparo policial, já que o agressor Bêbado e desarmado foi morto, mesmo na condição em que estava.
Um familiar de Eliel falou com nossa reportagem e disse, “Eliel havia sido condenado pela justiça e estava solto por ter cumprindo sua pena. Não cabe a ninguém julga-lo novamente, por um crime que ele já pagou”. Finalizou o familiar.
Como é praxe nesses casos, internamente, o caso deve ser analisado pela própria instituição Policia Militar, já que houve disparo com resultado morte. Moradores também pediram investigação da Policia Civil, com acompanhamento do Ministério Público.
Um major da PM em entrevista ao Programa Ronda da Cidade, na TV SIM relatou o fato de acordo com a ocorrência da Policia Militar. Veja.