O governador Paulo Hartung (MDB) reuniu lideranças partidárias no início da manhã desta terça-feira (24) e teria anunciado que, para não ver sua base aliada dispersa, pode se colocar novamente no jogo e disputar a reeleição. O movimento de trazer de volta os partidos aliados – alguns foram para o lado do ex-governador Renato Casagrande e outros para a senadora Rose de Freitas – estaria a cargo do vice-governador César Colnago que foi comunicado da decisão por volta das 8h30 desta terça (24).
A reunião contou com lideranças do PRB, PSD e PDT e o nome do deputado Amaro Neto (PRB) apareceu como possibilidade de formar a chapa, como vice. O governador convocou uma nova reunião, para as 14h de hoje, com todos os partidos da base aliada.
Questionado, Amaro Neto, que disse estar em Minas Gerais, disse que não foi comunicado, mas que se o governador disputar, ele estará ao lado dele. “Se o governador recuar e disputar a eleição, eu estarei ao lado dele. Ninguém falou nada comigo, estou em viagem com minha família”, disse Amaro que flertava sair como candidato ao Senado na chapa de Rose de Freitas.
O governador, que há duas semanas anunciou que não iria disputar a reeleição, ainda não se manifestou publicamente sobre as informações, mas lideranças dos partidos que participaram da reunião mais cedo confirmaram.
COSTURA
Duas fontes do alto escalão hartunguiano garantem que a costura em torno da volta do governador à condição de candidato à reeleição abrange não só MDB, PSD, PRB, PMN, PEN e PTB, mas também o PR, o DEM e o PSDB (os dois últimos foram a público ainda hoje declarar apoio a Casagrande por intermédio de Theodorico Ferraço e o filho, o senador Ricardo Ferraço). Segundo nossas fontes, são o vice-governador César Colnago e o ex-secretário-chefe da Casa Civil José Carlos da Fonseca Júnior que estão conduzindo o traçado do fio que une a “colcha de retalhos” da base aliada de Hartung. E a colcha já tem a estampa definida. O desenho nela é Paulo Hartung governador, Amaro Neto vice, Ricardo Ferraço e Magno Malta senadores. A única parte do tecido que resiste bravamente às tentativas da agulha em fisgar o pano com a linha seria o deputado estadual Amaro Neto (PRB), que desde manhã cedo se mostra de difícil convencimento. Ricardo Ferraço não teria escolha, posto não possuirautonomia decisória dentro do PSDB, que é “totalmente controlado”, segundo uma das fontes, por César Colnago. Magno Malta viria por “gravidade”. E segue a costura.