O Brasil se aproxima das 30 milhões de doses aplicadas contra a covid-19. Até às 12 horas deste sábado (10/04), o país havia aplicado 29.598.436 de doses ocupando o quinto lugar no mundo no ranking de maiores imunizações, atrás apenas de Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido.
Em números proporcionais, o Brasil está na posição de número 57 com 13,9 doses aplicadas a cada 100 habitantes, ficando atrás de territórios pequenos como Mônaco, Islândia e República Dominicana, por exemplo.
Os dados são do Mapa de Vacinação do R7 e do Our World in Data, um monitor coordenado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.
Com um número estimado de 212 milhões cidadãos, o Brasil encontra-se em uma grande missão para reverter o quadro agravado de mortes e contaminações pela pandemia. Conforme prometeu o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a transição para o novo ministro Marcelo Queiroga, metade da população brasileira deve ser imunizada até julho deste ano.
Segundo informações do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na sexta-feira (09) foram registrados 93.317 casos da doença e 3.693 mortes em 24 horas. O Brasil contabiliza desde o início da pandemia, 13.373.174 cidadãos acabaram contagiadas e 348.718 morreram pela doença. O número de recuperados é de 11.791.885.
Em todo o país, 22.709.257 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. O número equivale a 10,72% da população. Até o momento 6.889.179 tomaram a segunda dose, sendo assim, 3,25% do total de habitantes.
A vacinação contra a covid-19 começou no dia 17 de janeiro, assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e da vacina CoviShield, produzida pela Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.
Especialistas explicam que a baixa quantidade de doses, as decisões equivocadas no setor político e a busca mundial pela a erradicação da maior pandemia dos últimos cem anos, são alguns dos fatores que resultam na lentidão da vacinação.
Na última sexta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que em aproximadamente quatro meses, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não vai mais depender da importação de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de novas vacinas.
“Hoje eu vi aqui a produção do IFA nacional. Em breve, acredito que no mês de agosto, já tenhamos IFA [ingrediente farmacêutico ativo] produzido na Fiocruz. Isso representa uma conquista excepcional, a autonomia do Brasil na produção de IFA, dispensa a necessidade de importação desse insumo para que a Fiocruz possa produzir vacinas”, apontou o ministro.
Ainda na sexta, durante a noite, recém-empossado ministro das Relações Exteriores, Carlos França, conversou por telefone com o titular da pasta de Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. Ambos apontaram uma reaproximação entre os dois países e prometeram cooperação na busca por mais imunizantes.
Atualmente, a China é o produtor do IFA tanto utilizado para a produção da CoronaVac, quanto da CoviShield. A demanda interna pelo insumo teve um aumento considerável, fato que acarretou no atraso da entrega para o Brasil.
* Com informações do Portal R7/ Foto: reprodução/pixabay