Um grupo de pessoas marcou para hoje (21), através das redes sociais, uma manifestação em frente à residência dos irmãos; O horário esta marcado para as 20 horas e o pedido é pra que todos que comparecerem ao ato levem velas e estejam tragando camisetas brancas e ainda levem flores para serem depositas em frente a casa.
Hoje segunda-feira (21), completa um mês da morte dos irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, e a população cobra respostas. Neste domingo (20), cartazes foram colados por moradores na casa onde as crianças vivam com a família, no centro, em Linhares.
Mesmo com 30 dias do ocorrido, algumas questões ainda não foram respondidas. Qual o resultado dos laudos médicos? Houve ou não a participação do pastor George Alves, 36 anos, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, na morte das crianças?
A força-tarefa participou de uma reunião na Sesp e a Polícia Civil trabalha com a linha de investigação de homicídio, agora classificado como doloso – ou seja, quando há intenção de matar. A linha de investigação informada pela polícia foi à justificativa da polícia para pedir a prorrogação da prisão temporária, por mais 30 dias, do pastor George, preso uma semana depois da tragédia, inicialmente por atrapalhar as investigações.
Vizinhos do pastor George Alves relataram detalhes que podem ajudar a policia a elucidar o caso do incêndio na residência do pastor George, que fica na Avenida Augusto Calmon, centro de Linhares, quando morreram os irmãos, Kauã e Joaquim.
Testemunhas que não querem ser identificadas afirmam que ouviram gritos, choro de crianças antes das mortes. De acordo com eles, o choro forte foi ouvido por volta de meia noite do dia 20 de abril, sexta feira, horas antes da tragédia. Alguns relataram que era choro de verdadeiro horror.
Após a uma da manhã, já do dia 21, os próprios vizinhos perceberam os primeiros sinais de fumaça, que saia do quarto dos meninos, que já não choraram mais. Dizem os vizinhos, que até ai, ainda não tinham ouvido nenhum barulho do pai das crianças, que, supostamente estava dentro da casa.
Ainda segundo os vizinhos, por volta das duas da manhã, o incêndio atinge seu ápice e ai, Joaquim e Kauã já eram dados como mortos. Detalhes que, mais uma vez, contradizem o pastor em seus depoimentos, afirmando que os gritos aconteceram no meio do fogo.
Um dos resultados de exames, feitos nos corpos das vítimas, já revelou que as crianças não morreram por asfixia.
Por essas e outras motivações, a policia pediu outros 30 dias de prisão para Georgeval Alves, o pastor George. Como o programa Ronda da Cidade, da TV sim, canal 16, junto com o www.nortenorticia já haviam antecipado, a característica da prisão revelava investigação para homicídio ou até crime hediondo.
A defesa do pastor George preferiu não se manifestar sobre a linha de investigação revelada pela polícia. “Nós preferimos não nos manifestar por agora. No momento certo, falaremos”, disse Taycê Aksacki.