Depois da terceira pericia técnica de engenharia, na casa onde os garotos Kauãn e Joaquim, de 3 e 6 anos, foram encontrados carbonizados, na madrugada de sábado, a Policia Civil e Linhares levou para a cadeia o pastor George Alves, pai e padrasto das vítimas. Havia forte esquema de segurança na frente da Décima Sexta Delegacia Regional no momento da prisão. O delegado do caso, Romeu Pio de Junior se resumiu em dizer que ainda não poderia dar maiores detalhes sobre as reais motivações do crime. O pastor estava hospedado num hotel da cidade, já que a casa, onde aconteceu o incêndio estava interditada. Os trabalhos periciais de ontem terminaram por volta das 20 horas e, ao que tudo indica, reforçou dúvidas no que realmente pode ter acontecido na residência. O pastor afirma incêndio, que, tragicamente, matou às crianças, mas restou dívidas ao longo dos depoimentos da semana, resultados de exames e a perícia do Corpo de Bombeiros e criminal. O pastor George foi levado para o Presídio Regional de Linhares, onde ficará em uma sala separada dos demais detentos.
O caso
Na madrugada de Sábado para Domingo, um incêndio dentro do quarto das crianças Matou Kauãn de Joaquim, que já estavam dormindo. O pastor, inicialmente disse que estava dormindo no quarto ao lado e que foi acordado pelo barulho de uma babá eletrônica que disparou alarme. Quando chegou no quarto, queimou mãos e pés, mas não conseguiu resgatar os meninos que morreram abraçados, pedindo socorro.
No domingo, a perícia técnica do corpo de bombeiros esteve no local para realizar a perícia para encontrar os motivos do incêndio. Mas, como existiram dúvidas no levantamento de informações, foi necessário um aprofundamento nas investigações.
O pastor George foi chamado até a delegacia para dar esclarecimentos. Num depoimento de quatro horas, foram detectadas contradições em diversas falas, desde a hora do incêndio até o possível socorro prestado.
Diversas testemunhas foram chamadas ao local para contar o que viram. Cerca de nove pessoas arroladas, porém, nem todas puderam comparecer. Mas as informações foram suficientes para que o trabalho da polícia resultasse na prisão do, agora, suspeito, neste caso.
A prisão
A decisão de prender o pastor George Alves foi tomada por volta das 2 horas da madrugada deste sábado (28) pelo juiz Grécio Grégio, responsável pelo plantão judiciário da região.
De acordo com fontes ligadas ao caso, o pastor estava atrapalhando as investigações do incêndio que matou as crianças Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3 anos, na casa em que moravam, a informações de que houve modificação na cena dentro do imóvel. Além disso, em uma das perícias, foram encontrados vestígios de sangue no interior da residência. No pedido de prisão, a polícia também informou à Justiça que havia movimentação suspeita em frente à casa onde o pastor estava na noite desta sexta-feira (27) e que havia risco dele deixar o local sem destino.
Do Serviço Medico Legal o pastor foi levado para a Penitenciária Regional de Linhares.
A prisão do pastor é temporária e foi pedido por 30 dias, além da prisão o juiz também expediu mandado de busca e apreensão, autorizado a polícia a recolher celular, computadores e demais objetos que ajudem na investigação.