A chuva é solução para vários problemas, mas pela falta de estrutura oferecida pelo poder público, e descuido de muitos moradores, o que é solução, também se transforma em vários problemas.
Nos últimos dias as chuvas que têm caído na cidade de Linhares descortina uma série de falta de sensibilidade, e irresponsabilidade do poder público municipal com seus moradores.
Um exemplo disso é a localidade de Bebedouro, que há anos recebeu pavimentação sem se quer ter drenagem para escoar a água da chuva. Nossa reportagem esteve ao vivo em pelo menos três pontos da localidade, mostrando ruas alagadas e em algumas sem qualquer condição de trafegar com veículos, ou até mesmo a pé.
Clique nos links abaixo e reveja os flagrantes.
Em todas as reportagens foram pedidos o posicionamento da Prefeitura, que em um gesto de descaso e desrespeito com a população, não se posicionou. E com esse gesto deixa claro também a sua má gestão dos recursos públicos, que deveriam voltar em beneficio para a população.
Ainda em Bebedouro mais dois pontos de alagamento, um na comunidade Nossa Senhora da Penha, onde segundo informações dos moradores, um terreno da própria Prefeitura está abandonado, cheio de matos e agora de água, trazendo vários transtornos para os moradores do entorno.
Outro ponto em que o problema é antigo é a Rua em que fica a Escola Municipal Eliana Côrrea Pinaffo. Veja vídeo da via em que as crianças têm que passar por dentro da lama para irem até a Escola.
Já no bairro São José, o problema é no Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM), José Cândido Durão, que passou por uma reforma há pouco tempo, e teve o fato narrado até com produção de vídeo, exibido pelo presidente da Câmara de Vereadores de Linhares, Roque Chile, onde ele elogia a reforma. Veja o vídeo:
Parece que o vereador é bom de publicidade, mas de fiscalização não é tem o mesmo empenho, visto que a reforma não resolveu o problema em sua totalidade.
Pelo menos duas salas de aulas ficaram inundadas, e os alunos tiveram que retornar para suas casas, devido o alagamento.
Amanda Rodrigues, que é mãe de um dos alunos, em depoimento para uma emissora de TV local, disse: “É uma falta de respeito com nossas crianças, elas merecem coisa melhor. A Escola foi recém-reformada e já está assim, com salas cheias de goteiras, alagadas, isso é revoltante” Finalizou a mãe.
A avó de dois outros alunos, a senhora Laudicéia Pimenta, também em declaração para uma TV local, disse: “Fui deixar as crianças para estudar e a tia da escola me avisou que a sala não tinha condições deles estudarem, pois lá tinha até baldes para aparar as goteiras, era para eu levar os netos de volta para casa, pois era perigoso eles escorregarem e caírem”. Disse a avó.
Cristiane dos Santos, que também tem filho que estuda no CEIM, também falou para a reportagem da mesma TV local: “Ficamos quanto tempo sem aulas? E agora já acontece isso. É uma falta de respeito, estudo é direito das crianças e de todos. A Escola passou por uma reforma e na primeira chuva já acontece isso?” Pergunta a mãe em tom de desabafo.
A Prefeitura respondeu a TV, através de uma nota, onde ela diz o seguinte: “Uma equipe já atua na unidade de ensino e que o problema será resolvido na próxima semana.” A Nota ainda diz que “o local do vazamento foi interditado, e os alunos transferidos para outra sala de aula, não havendo prejuízo de conteúdo, já que as aulas ocorrem normalmente”. A Nota é finalizada dizendo que a gestão escolar está a disposição dos pais e responsáveis por alunos, para qualquer esclarecimento.
A nota contraria as falas dos responsáveis pelos alunos, que disseram que tiveram que retornar com os alunos para casa, devido os alagamentos nas duas salas de aula.