No começo desta semana, diversos vendedores ambulantes foram às ruas para pedir que o setor de fiscalização da prefeitura, sob as ordens do prefeito reeleito, Guerino Zanon, os deixe trabalhar, diante de um dos momentos mais difíceis da humanidade.
Ao que tudo indica, o clamor para que os deixe trabalhar não tem sensibilizado Guerino Zanon. Recentemente, os vendedores foram impedidos de trabalhar em diversos pontos da cidade. A afirmação é que eles ainda não estão legalizados para tais funções.
Sem lugar para ganhar o dinheiro que leva comida para dentro de casa, os ambulantes foram às ruas para protestar e pedir solução para o problema. Hoje (17/12), foi o quarto dia de protestos cobrando mais humanidade nas ações do prefeito que tem agido com “Mão de Ferro”, mas isso depois das eleições.
Até agora, nenhuma decisão favorável para os ambulantes que afirmam praticar um trabalho honesto, que beneficia o consumidor. Estranho que tudo isso acontece próximo de uma das datas mais rentáveis para o comércio fixo do centro: O natal.
A pergunta que fica é: diante dessa observação, não é prudente pensar que, diante de uma pandemia, onde todos lutam pela sobrevivência, não há espaço para que os ambulantes também ganhem o seu dinheiro, evitando o aumento da linha da pobreza e extrema pobreza em Linhares?
Nossa reportagem esteve cobrindo o protesto e conversou com alguns vendedores ambulantes que participaram do protesto desta quinta-feira. Veja vídeo:
Nós entramos em contato com o setor de comunicação da Prefeitura que se manifestou através de nota. Veja a mesma na íntegra:
Nota
“A Prefeitura de Linhares informa que tem reforçado a fiscalização, por recomendação do Ministério Público, junto ao comércio ambulante da cidade, com o objetivo de coibir a ocupação irregular de espaços públicos – pistas de rolamento e passagem de pedestres –, em conformidade com a Lei Complementar nº 2.613/2006, além de fiscalizar os produtos sem procedência.
O Município tem recebido diversas denúncias e reclamações de moradores e motoristas quanto à ocupação irregular dos espaços públicos. Por isso, a fiscalização tem sido realizada para orientar os trabalhadores informais sobre a legislação vigente e como proceder no comércio ambulante da cidade.
Destaca-se que os produtos, como os de consumo pessoal e os hortifrutigranjeiros, sejam comercializados dentro de área particular, a fim de evitar transtornos no fluxo de pedestres e veículos nas vias públicas e calçadas; aglomeração e risco de contágio do coronavírus; bem como a propagação ilegal e desordenada na cidade”.