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Vacina via nasal contra coronavírus pode ser mais eficaz e com menos efeitos colaterais

Quando se fala em vacina, a maior parte da população imagina que seja com agulha, porém, um estudo do Centro Médico da Universidade de Chicago e da Universidade Duke, publicado na última sexta-feira (7), na revista científica Science Advances, aponta outra forma de imunização com potencial de ser mais eficaz e com menos efeitos colaterais.

A pesquisa analisou uma plataforma (base da vacina) que usa nanofibras peptídicas de montagem automática marcadas com antígenos, que vão preparar o sistema imunológico contra uma possível invasão. Essas nanofibras podem induzir uma resposta imune e ativar células T (glóbulos brancos) sem o uso de adjuvantes adicionais, responsáveis por causar inflamação em algumas pessoas, e que estão associados a efeitos colaterais comuns de vacinas, como dor no local da injeção ou febre baixa.

O grupo resolveu aplicá-las por via intranasal, uma espécie de spray no nariz, em um dos testes para ver como o corpo processava essas nanofibras.

Um dos autores do estudo, o professor Joel Collier, da Universidade Duke, fez a seguinte observação. “Vimos que as fibras peptídicas por si só geraram uma forte resposta imunológica por meio da via intranasal.”

Os cientistas ressaltam que uma vacina que venha a ser desenvolvida sem adjuvantes tem muitas vantagens. Além de reduzir o risco de inflamações no paciente, elas não precisam ser refrigeradas. A eliminação das agulhas, algo que faz com que muitas pessoas não queiram ser vacinadas, é outro ponto positivo.

“Elas [agulhas] podem induzir uma resposta vasovagal, fazendo com que as pessoas desmaiem. A eliminação de agulhas de uma plataforma de vacina pode ajudar com este problema e pode significar que mais pessoas irão procurar a vacina”, salienta o professor.

Vacina contra o coronavírus

As mais de 20 vacinas contra a covid-19 que estão em estágio avançado de pesquisa requerem agulhas para aplicação. A grande maioria é aplicada por via intramuscular, porém, os autores do estudo ressaltam que essa tecnologia também pode ser promissora no desenvolvimento de imunizadores contra o novo coronavírus. Além da via intranasal, eles apontam ainda vantagens da administração sublingual de vacinas.

“Essas vias não são apenas isentas de agulhas, o que torna o acesso mais fácil e confortável para as pessoas, mas também podem provocar uma resposta imunológica diretamente nos pulmões ou nos tecidos da mucosa. Muitas infecções ocorrem pelas vias oral e respiratória, incluindo a covid-19. Então, ser capaz de desencadear essa resposta imunológica na área certa do corpo é muito útil e pode tornar a vacina mais protetora”, explica outra autora, a professora Anita Chong, da Universidade de Chicago.

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*Com informações do Portal R7

 

 

 

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