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Sooretama reivindica reconhecimento como área impactada pelo desastre de Mariana

Em uma reunião realizada na comunidade de Patrimônio da Lagoa Juparanã, representantes do município de Sooretama formalizaram uma reivindicação junto ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e ao Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é que a cidade, com pouco mais de 26 mil habitantes segundo o IBGE, seja reconhecida como impactada pelo rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, ocorrido em novembro de 2015 em Mariana, Minas Gerais. O desastre afetou toda a bacia hidrográfica do Rio Doce, desde Minas Gerais até o Espírito Santo.

Liderando o movimento, o vereador Wellington Costa Jorge informou que a Procuradoria Jurídica da Prefeitura de Sooretama, baseada em laudos da Defesa Civil Municipal, preparou a documentação necessária para fundamentar o pedido de reconhecimento. Além do vereador Wellington, estiveram presentes na reunião o vice-prefeito Fernando Camiletti, o coordenador da Defesa Civil Antônio Ângelo Mai, bem como pescadores e moradores do Patrimônio da Lagoa.

A reivindicação de Sooretama argumenta que o município foi impactado indiretamente pelo rompimento da barragem em um segundo momento. A chegada da lama ao Rio Doce, em Linhares, obrigou a construção de uma ensecadeira, uma barragem provisória que fechou o Rio Pequeno, agravando a cheia da Lagoa Juparanã entre 2019 e 2020 e causando diversos alagamentos e prejuízos à região.

O Ministério Público Federal e o Estadual reconheceram a necessidade de tratar o caso de Sooretama de forma específica para definir a melhor forma de reparação dos danos causados à população.

Se o município for reconhecido como área impactada pelo desastre, todos os seus habitantes poderão ter direito à indenização por danos diretos e indiretos, marcando um importante passo na busca por justiça e reparação para a comunidade afetada.

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