Os metalúrgicos do Espírito Santo continuam em greve. De acordo com o Sindimetal ES Sindicato dos Metalúrgicos do Espirito Santos, o movimento é devido os patrões não estarem reconhecendo o valor dos trabalhadores, que pedem um reajuste digno do salário, melhoria na carteira de benefícios e um plano de saúde justo. Nesta quarta-feira (10/11) foi agendada uma mediação com o Sindifer (Sindicato Patronal) na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), às 9 horas, para tratar do movimento paredista, mas não houve acordo e a paralisação continua.
Ainda de acordo com o Sindmetal a paralisação por tempo indeterminado foi iniciada nesta segunda-feira (08/11), após intensas negociações com os empresários, que insistem em não dividir parte dos altos lucros com quem realmente está na produção: os metalúrgicos.
O sindicato acrescenta que a situação dos empresários contrasta com a dos trabalhadores que sofrem com preços nas alturas em um governo nefasto e perdido em sua política econômica. Na manhã desta terça-feira (09/11) o presidente Max Célio de Carvalho reafirmou a importância do movimento, visto que, as conquistas dos metalúrgicos no transcorrer dos anos – como reajustes de salários, cartão alimentação e plano de saúde – somente aconteceram depois de muitas lutas.
Estão em greve os metalúrgicos de todo o Estado que atuam na indústria e seguem a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), negociada com o Sindifer, o Sindicato Patronal. Dirigentes da CUT/ES e do Sindilimpe/ES também manifestaram apoio e se juntaram aos metalúrgicos nesta manhã de ontem.
A decisão de cruzar os braços veio depois assembleia organizada pelo Sindimetal-ES na quinta-feira (04/11), quando os trabalhadores rejeitaram a proposta do Sindifer, que segundo o sindicato não atende às necessidades dos metalúrgicos, muito deles, chefes de família.
Em Linhares na tarde desta terça-feira (09/11), no trevo de Bebedouro, em Linhares houve manifestação dos trabalhadores, onde em uma área lateral, que fica as margens da BR 101, os ônibus que transportavam os trabalhadores foram parados e os funcionários desceram e fizeram uma manifestação e não prosseguiram para o trabalho. Já outro comboio de ônibus que também transportavam trabalhadores de empresas do ramo metalúrgico, que ficam na região de Bebedouro e Rio Quartel, desviou pela conhecida, estrada de Jataipeba, passando pelo Palhal. Nas imagens é possível vê Viaturas a Policia Militar, trafegando a frente do comboio, enquanto os ônibus vêm logo em seguida. Veja vídeo.
Na manhã desta quarta-feira (10/11), os trabalhadores voltaram a reunirem no mesmo local de ontem, uma área que fica em Bebedouro, às margens da BR 101.
Nossa reportagem demandou o Sindifer a respeito da greve e assim que tivermos um retorno atualizaremos a matéria.