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Quem posta e compartilha mensagens falsas de ataques a escolas no ES, será rastreado

Secretários e autoridades da segurança pública capixaba participaram de entrevista coletiva nesta segunda-feira (10/04), em Vitória. Em pauta as mensagens de falsos ataques às escolas no Estado do Espírito Santo. 

As autoridades de segurança do Estado, durante a coletiva, afirmaram que as investigações já começaram para identificar e responsabilizar quem  começou a divulgar mensagens sobre um suposto massacre a escolas do Espírito Santo. As autoridades classificaram as mensagens como “boatos”, e começaram a circular desde a noite de domingo (09/04).

Durante entrevista o secretário Alexandre Ramalho afirmou que os setores de inteligência trabalham para identificar o IP do computador usado para disparar a primeira dessas postagens. O número é como se fosse uma digital do aparelho, pelo qual é possível rastreá-lo.

“Somos solidários à preocupação das famílias, mas existem muitas pessoas interessadas em causar pânico. Estamos atrás dessas pessoas para identificá-las, prendê-las e parar com essa disseminação” Disse Ramalho.

O secretário ainda acrescentou que uma reunião tratou do assunto na manhã desta segunda-feira. Participaram membros da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Associação Brasileira de Inteligência (Abin). Ainda de acordo com o secretário, tudo não passa de um boato, conforme apontam alguns indícios.

“Pelo histórico de massacres, os autores não disseminam mensagens dizendo o que vão fazer. Nunca houve essa massiva divulgação. As mesmas imagens também já foram usadas em outros estados. Uma das mensagens ainda cita uma escola nossa que já foi demolida”, ressaltou.

Frequência abaixo da média, nas escolas, devido ao boato.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), as aulas foram mantidas normalmente, mas tiveram uma frequência abaixo da média devido ao boato.

O secretário de educação,  Vitor de Angelo, durante a coletiva fez alguns comentários e orientou os pais e funcionários das escolas.

“É uma situação que nos exige muita atenção e cuidado, mas não estamos na iminência de um ataque orquestrado. É importante ter clareza disso. A preocupação das famílias é compreensível, mas só estamos aqui porque centenas de pessoas divulgaram um boato”, e continuou: 

Se dermos crédito a essas atitudes, será a falência da escola, porque teremos que ficar com os nossos filhos em casa. Afinal, se a iniciativa for exitosa, outras pessoas farão o mesmo amanhã e depois”.

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O secretário ainda orientou que nesse tipo de caso pais, alunos, e profissionais da educação não disseminem as mensagens. “Precisamos conduzir essas informações para os canais corretos: o 181 em caso de denúncia, e o 190 para casos concretos, de emergência. Os demais poucos poderão fazer”. Orientou o secretário. 

Além disso, o secretário destacou a importância da educação vigilante para evitar novos episódios. “Precisamos estar atentos ao que os nossos filhos estão fazendo. É preciso acompanhar e monitorar para o caso de ser o seu filho estar participando ou disseminando um ato como este”.

Plano de segurança para as escolas será divulgado dia 27

Na mesma coletiva foi adiantada a informação de que o “Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Escolar” será divulgado no próximo dia 27 de abril. O objetivo é reforçar a segurança da comunidade estudantil e montar um protocolo de ação.

Entre as melhorias abrangidas está um canal de atendimento específico para ocorrências em colégios, dentro do Disque-Denúncia (181). O projeto está sendo elaborado desde o início do ano com 16 grupos temáticos e interdisciplinares. O anúncio oficial será feito pelo governo do Estado.

 

*Com informações e fotos de A Gazeta / Larissa Avilez Repórter

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