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Professores de Linhares intensificam mobilização e voltam à Câmara para cobrar pagamento do piso salarial

A luta dos professores da rede municipal de Linhares pelo cumprimento do piso salarial nacional da educação básica ganhou um novo capítulo. Após terem o pedido de fala na Tribuna Livre negado, os educadores prometem um novo ato na próxima sessão da Câmara Municipal. Esta será a segunda manifestação pública da categoria, que cobra a valorização profissional e o cumprimento da legislação federal por parte da gestão do prefeito Lucas Scaramussa.

De acordo com a lei, o valor mínimo previsto para profissionais com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais é de R$ 4.867,77. Em Linhares, a carga horária é de 25 horas, o que proporcionalmente resultaria em um vencimento de R$ 3.042,35. No entanto, os salários iniciais pagos pela Prefeitura são de apenas R$ 2.200, com o restante pago através de gratificações complementares – prática que, segundo os professores, fere a legislação, já que o piso deve estar incorporado ao vencimento básico.

Em maio, os professores já haviam ocupado a Câmara para denunciar o que chamam de política de desvalorização da categoria. Na ocasião, a professora Thábyta Grassi, integrante do Coletivo de Professores e filiada ao Sindiupes, tentou utilizar a Tribuna Livre para apresentar a pauta, mas teve o pedido indeferido sob a justificativa de não comprovar formalmente sua representatividade institucional. Segundo Thábyta, toda a documentação exigida foi apresentada, incluindo ofício do sindicato, mas mesmo assim o pedido foi negado.

Diante da negativa, os educadores decidiram realizar um novo protesto. “Vamos manifestar nossa insatisfação contra o autoritarismo e a arbitrariedade do poder legislativo”, diz a nota divulgada pelo grupo. Com cartazes e palavras de ordem, o objetivo é exigir o direito de fala, o cumprimento da legislação e a valorização da educação.

Thábyta ressalta que o Legislativo também tem responsabilidade: “Os vereadores dizem não entender por que estamos cobrando deles, como se fosse só do Executivo. Mas cabe a eles fiscalizar os recursos públicos e as contas da Prefeitura”.

A categoria também busca abrir diálogo direto com o prefeito Lucas Scaramussa e com a secretária de Educação, Rosineia Bergamaschi, em busca de avanços concretos. Além do piso, os professores reivindicam melhores condições de trabalho e respeito profissional.

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