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Professora é “faz tudo” em escola de Sooretama

Uma professora que faz o impossível em nome do amor e respeito aos alunos está chamando a atenção de pais e responsáveis que fazem parte da Escola Estadual Unidocente Ensino Fundamental (EEUEF) Córrego Patioba, no interior de Sooretama, no Norte do Estado. Edicléia Feliz é a única educadora da unidade. Ela também faz o almoço e o lanche dos alunos e é diretora da escola. No caminho para o trabalho, Edicléia ainda dá carona para alguns estudantes.

A rotina dela começa ao cantar do galo, bem cedo. Ela sai, deixa um filho na casa da babá e na estrada para escola vai buscando alguns alunos. Ao chegar na escola, a primeira tarefa é passar um café.

“Tinham alguns alunos que não bebiam o cafezinho, então eu investiguei e descobri que eles gostam do café bem ralinho, igual ao da vovó. Nós trabalhamos para os estudantes, somos servidores dos alunos”, explica a professora.

Na sala de aula, a única da unidade, há estudantes da 1ª a 5ª série do ensino fundamental. “Eu trabalho o mesmo o assunto com atividades diferentes e funciona muito bem”, garante Edicléia. Tão bem que o resultado da escola no Programa de Avaliação Educacional do Espírito Santo (Paebes) 2018 está estampado na fachada na escola: eles alcançaram 100% de aproveitamento.

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O engajamento na instituição também foi conquistado após esforço de Edicléia. Quando a professora chegou à escola, há dois anos, a unidade tinha apenas três alunos. Ela, então, decidiu andar pelas ruas da comunidade, conversando com os pais das crianças para que elas fossem matriculadas. E, à medida que eles percebiam a dedicação da educadora pela escola, a procura aumentou muito. Atualmente, são 15 alunos.

“Todo mundo está querendo estudar agora. A gente ouve pais dizendo que, no ano que vem, querem colocar os filhos para estudarem na escola”, diz Cleidison Carminati, pai de um aluno da unidade.

ENTRE A SALA DE AULA E A COZINHA

Enquanto os estudantes estão em sala desenvolvendo as atividades, a professora corre para a cozinha para fazer o almoço da criançada. “É tudo muito rápido! Quando eles acham que eu estou na sala eu já estou aqui e, quando eles acham que eu estou aqui, já voltei para sala”, conta Edicléia com bom humor, afirmando, ainda, que é a professora, diretora e merendeira da escola.

E ela conta como consegue desempenhar todas essas atividades: “Dedicação, entusiasmo, gratidão. Alegria em exercer a profissão”, lista.

“Além da educação, ela faz a visita na casa das pessoas, dos pais e mães de alunos. O empenho dela cativa”, explica o agricultor Welington da Silva.

Só faltam palavras para a professora quando ela é questionada sobre o que falta para que o trabalho dela fique ainda melhor. A reportagem perguntou: Que tipo de apoio a senhora acha que precisa para fazer mais ainda? A resposta foi o silêncio e a emoção da professora que, pouco dada a reclamações, não soube o que dizer.

E O QUE DIZ A SEDU?

Procurada para dizer o porquê da escola não contar com merendeira e outros profissionais e se há planos de investimento para a unidade, a Secretaria de Estado de Educação ainda não retornou o contato da reportagem.

Enquanto isso, para tentar tornar a situação mais confortável na escola em Córrego Patioba, pais dos alunos pretendem fazer uma festa para arrecadar dinheiro para comprar um ar-condicionado. (Com informações de Mário Bonela)

 

 

Fonte – Gazetaonline

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