Os pescadores de Povoação, Regência, Patrimônio da Lagoa e outras localidades de Linhares e Sooretama estiveram em frente à Assembleia Legislativa nessa quinta-feira onde acontecia uma reunião da CPI sobre a Renova. Com cartazes e camisas de luto, os pescadores alegam que a Fundação não está cumprindo com alguns direitos protocolares dos diálogos e acordos feitos em 2012, além da burocracia, que segundo eles, está comprometendo o andamento dos processos. Os pescadores alegam ainda que a Fundação não está aceitando alguns documentos comprobatórios das atividades pesqueiras, emitidos em data anterior ao acidente ambiental que paralisou as atividades da pesca na região.
A organização dos pescadores que esteve em Vitória, em frente a Assembleia, num grupo de aproximadamente 40 pescadores , reivindicam os direitos de todos os pescadores que não puderam comparecer e esperam obter respostas da Fundação e das autoridades competentes.
Não conseguimos contato com a Renova para falar sobre o caso. O espaço está aberto para posicionamento.
A Fundação Renova se posicionou através de nota:
A Fundação Renova informa que os critérios dos valores de indenização para danos gerais foram discutidos com as comunidades impactadas, representantes do poder público e entidades técnicas. A indenização é calculada de forma individual para cada atingido ou grupo de atingidos e leva em consideração as particularidades de cada um. Os valores seguiram padrões de entidades técnicas de referência.
Até o dia 31 de agosto de 2019, cerca de 4,5 mil pescadores no Espírito Santo foram reconhecidos como tendo direito ao Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) e ao Programa de Indenização Mediada (PIM). Ao todo, foram desembolsados mais de R$ 600 milhões entre indenizações e auxílio financeiro para esta categoria.