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Novas regras de enfrentamento à Covid-19 no ES serão anunciadas na sexta, diz governador

Em pronunciamento realizado nessa quarta-feira (18/11) pela internet, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou que as regras de enfrentamento à Covid-19 que deverão ser adotadas pelos municípios vão mudar a partir da próxima semana. As novas medidas vão ser anunciadas na sexta (20/11).

Casagrande se reuniu com entidades da sociedade civil, Assembleia Legislativa e Ministério Público para discutir sobre a atual situação da pandemia no estado.

“Posicionamos as entidades públicas e as entidades da sociedade em relação a este momento em que vivemos. É preciso que a gente compreenda que o que estamos vivendo. É um momento diferente do auge da pandemia. Nós aprendemos, de certa forma, a conviver com a pandemia. Hoje, temos que tomar medidas que podem ser diferentes das medidas que tomamos lá atrás, para mantermos as atividades, econômicas e sociais e ao mesmo tempo lutar contra a doença”, explicou.

Durante a coletiva, Casagrande citou que o atual mapa de risco, que aponta os municípios de Ecoporanga e Santa Teresa como de risco moderado e os demais 76 municípios em risco baixo para a Covid-19, vai mudar na próxima segunda (23).

“A nossa referência é a matriz de risco, que produz o mapa de risco. Ela leva em consideração o número de infectados ativos de 28 dias atrás, o número de testes feitos por cada município e o número de mortes por 14 dias, além do número de leitos ocupados. A matriz de risco nos guia. Desde o início da pandemia, nós estamos nos apoiando nas evidências científicas, não estamos fazendo nada que não seja ancorado na ciência para salvar vidas”, disse.

“Na sexta-feira, vamos apresentar novas medidas qualificadas para adequar às classificações de risco do estado”, declarou, ao finalizar a coletiva.

Aumento de casos

Casagrande falou ainda sobre o aumento no número de casos nas últimas semanas no estado. Na última semana, o Espírito Santo chegou a 4 mil mortes por Covid-19. Nesta quarta, o estado somou 4.058 mortes e 174.238 casos.

“Percebemos um aumento no número de casos, até porque ampliamos a testagem. Hoje temos um aumento leve, mas aumento dos casos ativos. Isso pressionou o sistema de saúde”, considerou o governador.

Ele salientou que o fato de o convívio social ter sido retomado fez com que outras enfermidades, como doenças respiratórias e acidentes de trânsito, acontecessem com mais frequência – o que não acontecia durante o período de maior isolamento social. Essas condições, segundo o governador, pressionaram o sistema de saúde.

“No momento de maior intensidade da pandemia, as outras enfermidades ficaram em um plano inferior porque nós não tínhamos doenças respiratórias em crianças, porque elas estavam indo às escolas, por exemplo, e não tínhamos traumas porque as pessoas não estavam dirigindo. Hoje, isso promove uma ocupação de leitos, mesmo que a gente não tenha uma demanda grande com relação à Covid”, explicou.

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Segunda onda

Para Casagrande, o Espírito Santo não está vivendo uma segunda onda da Covid-19, pois ainda não saiu da primeira.

“Na Europa, alguns países já decretaram restrição maior, porque estão na segunda onda. Nós não estamos vivendo uma segunda onda, nós achamos que essa ainda é a primeira onda, porque não zeramos os óbitos no Espírito Santo”, disse.

Relaxamento

O governador reconheceu que, com a redução no número de casos graves e de mortes, a população relaxou dos cuidados com a prevenção do coronavírus nos últimos dias. E recomendou que os cuidados básicos continuem sendo adotados, já que ainda não há uma previsão de vacina.

“Nos últimos meses, com a redução do número de casos e mortes, as pessoas ficaram mais à vontade. A interação entre as pessoas aumentou. As pessoas esgotaram de ficar isoladas. Pedimos que pessoas do grupo de risco continuem isoladas, e todas as outras usem máscara, mantenham distanciamento, higiene, que é o único caminho que a gente tem. A vacina não chegou ainda”.

Pandemia politizada

Ao citar a vacinação contra a Covid-19, Casagrande disse que os temas da pandemia foram politizados no Brasil e que, por isso, ainda não se sabe quando a população poderá ser vacinada.

“A polêmica da vacina no Brasil não nos permite dizer quando ela vai chegar. Porque todos os temas da pandemia foram politizados até agora. Nós não sabemos exatamente quando teremos vacina, e se tivermos não será para todos ao mesmo tempo. Poderemos passar 2021 todo vacinando a população. Vamos conviver muito tempo com a pandemia”, contou.

Fonte – G1/ES

 

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