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Negociações de acordo sobre rompimento de barragem em Mariana são suspensas

Foto: Corpo de Bombeiros-MG

Governo Federal,  governos do Espírito Santo e Minas Gerais, Defensorias Públicas e Ministérios Públicos divulgaram nesta quarta-feira (06/12) um comunicado em conjunto lamentando a paralisação, “sem data prevista para retorno”, das negociações com as empresa Vale, BHP e Samarco sobre repactuação do acordo que trata da reparação de danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).

Segundo a nota, as negociações foram paralisadas “em razão da recusa das empresas responsáveis pelo rompimento” em apresentar uma nova proposta financeira, conforme calendário previamente estabelecido. A tragédia aconteceu no dia 5 de novembro de 2015 causando impactos diversos como mortes, prejuízos e danos ambientais. Leia a nota na íntegra divulgada pelo Governo do Estado:

“Nota conjunta do Poder Público sobre a repactuação do acordo de Maria”

O Poder Público, representado pelos entes federados e pelas instituições que subscrevem a presente nota, lamenta que, ontem (05/12), as negociações para a repactuação do acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), tenham sido paralisadas, ainda sem data prevista de retorno, em razão da recusa das empresas responsáveis pelo rompimento, Vale, BHP e Samarco, em apresentar uma nova proposta financeira, conforme calendário previamente estabelecido.

Ao longo deste ano, as negociações pela repactuação foram conduzidas pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), e intensas discussões técnicas foram realizadas com o intuito de assegurar uma reparação célere e efetiva aos atingidos pelo incidente. Embora tenha havido evolução nas discussões técnicas, a reparação só será possível com a adoção de medidas que permitam as melhorias ambientais necessárias, a devida compensação às pessoas e aos municípios atingidos e o fortalecimento de políticas públicas em todo o território.

A execução de tais ações demanda aporte de recursos por parte das empresas, em valor condizente com os impactos da tragédia por elas causada. Infelizmente, as companhias não têm se mostrado dispostas a realizar reparação efetiva de uma tragédia que já completou oito anos, tirou a vida de 19 pessoas, e deixou profundos danos socioambientais e econômicos para além da região diretamente atingida, impactando os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e o país. Para se ter uma ideia da dimensão da repercussão do incidente, apenas na calha do Rio Doce e região costeira são 2,5 milhões de cidadãos atingidos, em 49 municípios.

Em reunião realizada na última semana no curso das negociações, Vale, BHP e Samarco apresentaram valores insuficientes para a devida reparação do Rio Doce. Do mesmo modo, diante da não aceitação da oferta pelas demais partes envolvidas nas tratativas, se recusaram a apresentar novas propostas. O Poder Público lamenta que essas empresas não demonstrem responsabilidade social e ambiental e compromisso com o processo de repactuação. Também reafirma seu compromisso de busca conjunta por uma solução justa, efetiva e célere para o caso do Rio Doce, e não medirá esforços para que Vale, BHP e Samarco sejam integralmente responsabilizadas pelos danos por elas causados.

 

Governo Federal

Governo do Estado de Minas Gerais

Governo do Estado do Espírito Santo

Defensoria Pública da União

Defensoria Pública de Minas Gerais

Defensoria Pública do Espírito Santo

Ministério Público Federal

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Ministério Público de Minas Gerais

Ministério Público do Espírito Santo”

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