Continua internado no Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, o garoto de 2 anos, Henrique Guimarães, que sofreu queimaduras graves no corpo após um acidente doméstico na localidade de Bagueira, zona rural de Linhares, neste domingo (7).
Amanda Guimarães contou que o filho teve 60% do corpo queimado após uma panela com água quente cair sobre o menino. Ele recebeu os primeiros atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Infantil de Linhares, no bairro Shell, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para a capital Vitória.
“Ele me pediu comida. Eu fui à varanda para pegar o prato para ele e ele veio logo atrás. Eu só escutei o barulho do fogão. Ele abriu a tampa do forno e a água do macarrão que estava fervendo caiu sobre a cabeça dele. Ele se queimou e só deu tempo de colocar ele no tanque para lavar”, disse Amanda.
Amanda ainda relatou que precisou se deslocar de sua casa até a UPA Infantil de Linhares, de carona com pessoas próximas à família, pois solicitou atendimento do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu), mas sem sucesso.
Ao chegar na UPA Infantil, recebeu a informação de que a criança teve 60% do corpo e queimaduras de segundo grau. Mas ao ser transferido para um hospital em Vitória, informaram que o estado do Henrique era ainda mais grave.
“Bem provável que sejam queimaduras de terceiro grau. Ele queimou a região do couro cabeludo, as costas, a metade do rosto, a barriga, os dois braços, as duas mãos e a metade da perna esquerda. A queimadura foi muito grande, o estado dele é muito grave, a médica falou. Por enquanto, ele está na UTI, entubado, sedado, e não vão tirar o sedativo, vão deixar por uns dois dias, para ver se ele reage bem. Se ele reagir bem, vai ser transferido para outra parte do Hospital Infantil”, contou a mãe do menino.
Amanda também relatou os momentos de aflição após ver os ferimentos de Henrique. Neste momento difícil, ela mantém a fé e acredita na recuperação do seu filho.
“Eu fiquei desesperada vendo do jeito que ele está agora. Está muito inchado depois que fez o curativo, que raspou aquela pele. Eu não aguentei depois que a médica veio me dar notícia que ele corria risco de vida. Agora é esperar. É a única solução. A médica falou que a gente tem que ter paciência, porque é um processo muito lento. Vamos entregar nas mãos de Deus”, completou.