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Isolamento tem levado idosos a sofrerem mais com a depressão

Rear view of senior sixty year old woman with gray hair holding mug washing down sleeping pill, suffering from insomnia. Elderly retired female taking medicine with water, sitting in bedroom

A pandemia tem nos levado, em algum nível, a readaptar nossos hábitos, nossas vidas. Para um grupo em especial, os idosos, esse momento tem sido mais difícil. Por fazerem parte da população de maior risco de contaminação pela Covid, eles seguem reclusos e, com isso, muitos se sentem solitários. “A pressão psicológica é grande para que fiquem em casa e evitem o perigo de contrair a Covid. Muitos idosos moram sozinhos, e há casos de alguns que tomam conta da mãe ou do pai idoso também. Tudo isso agrava o estado mental”, ressalta a psicóloga do Viver Bem da Unimed Vitória Naira Delboni.

Neste último ano, muitos idosos não têm saído, estão mais isolados dentro de casa. Quando moram sozinhos, o sentimento de solidão bate mais forte e pode se transformar em depressão. Por meio de alguns programas do Viver Bem os idosos são acompanhados por psicólogos, que oferecem suporte para que eles possam atravessar essa fase com a mente e o corpo mais saudáveis.

“A gente tenta trabalhar intervindo com alguma ajuda para que esse dia a dia gere menos ansiedade, para avaliar se há algum grau de depressão, pânico, e para que se sintam menos solitários. Há pacientes que estão há um ano sem sair de casa porque estão com muito medo”, revela a especialista. As terapias têm sido feitas por telefone e por videochamada.

A psicóloga tem orientado os idosos que atende a buscarem algum tipo de atividade física dentro de casa, como alongamentos, por exemplo. Exercícios de meditação e relaxamento também ajudam. “Para não se sentirem tão sozinhos indico que liguem para seus conhecidos, conversem. Alguns começaram a se interessar pela internet, sabem fazer videochamada, gostam de assistir um filme. Isso tudo contribui para melhor saúde mental”.

Esperança na vacina

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Apesar de assustados, os idosos estão cheios de esperança para que venha logo a segunda dose da vacina contra a Covid e possam sair um pouco de casa. “A gente sempre orienta para que eles continuem mantendo os cuidados, usando a máscara e seguindo os protocolos”, avisa Naira. Importante ressaltar que a segunda dose da vacina só começa a oferecer seu efeito completo após 14 dias.

A vacina vem trazendo muita esperança a esse grupo da população. No entanto, as autoridades da saúde alertam que a conscientização da população para que siga firme nos cuidados de prevenção contra a Covid, com o uso de máscaras, higienização das mãos e isolamento social, é ainda o melhor remédio já que nem todos foram imunizados ainda.

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